Um Desenho
por: Cristina Lôbo
O Pt sonha comandar três pastas a partir da reforma ministerial prevista para
janeiro: o Ministério da Educação (que ficará vago com a saída de Fernando
Haddad); o das Cidades e o do Trabalho. Para isso, a reforma deve envolver não
só a troca de ministros, mas também a redução do número de ministérios, um
desejo externado pela presidente Dilma Rousseff, segundo seus assessores.
Para o MEC, é dado como certa a indicação de Aloízio Mercadante (SP), o
que garante ao PT manter o comando da pasta. Para o lugar dele no Ministério da
Ciência e Tecnologia, tem sido cogitada a possibilidade de a pasta voltar ao
comando do PSB, como foi no governo Lula. O PSB perderia a Secretaria dos
Portos, que seria anexada ao Ministério dos Transportes, como
foi anteriormente e voltaria, também , ao comando do PMDB – um antigo desejo do
partido.
Com o Ministério dos Transportes e ainda reforçado com a área de
Portos, o PMDB estaria atendido e poderia deixar o comando dos ministérios do
Turismo, que iria para o PR (que já perdeu os Transportes para o técnico recém
filiado ao PR Paulo Sérgio Passos) e perderia também o Ministério da Agricultura
para o PP. O PP deixaria o Ministério das Cidades para o PT e ficaria com
Agricultura com a indicação de Pratini de Moraes, que já ocupou a pasta no
governo Fernando Henrique Cardoso. A pasta voltaria a comandar a área de Pesca,
como já foi no passado, antes de ser desdobrada no governo Lula.
Outra fusão em estudo seria a dos Ministérios da Previdência com
Trabalho. Ficaria com o PMDB, mas tendo como segundo Carlos Gabas, um petista,
que passaria a comandar a área do Trabalho. O PDT que perde o Ministério do
Trabalho iria comandar a área de Cultura.
Esse desenho de reforma ministerial está circulando entre os políticos
e agrada especialmente ao PT, que passaria a comandar as pastas que cobiça. Ele
atende o PMDB, mas pode provocar reação do PR que perdeu os Transportes para
ficar com o Turismo, embora esta seja uma área cobiçada. e, principalmente
desagradar ao PDT que não espera perder o comando do Ministério do Trabalho.
O desafio da presidente Dilma será o de encontrar nomes que resistam à
eventuais denúncias de irregularidades, sem perder o apoio político dos
partidos. Manter o equilíbrio dos partidos aliados, mesmo reduzindo o número de
ministérios
Fonte: G1
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