domingo, 29 de abril de 2012

Você conhece a doença de Osgood-Schlatter?



Osgood-Schlatter (OS) constitui uma doença osteo-muscular, extra  articular, comum em adolescentes (esqueleto em desenvolvimento). Surge na adolescência na fase denominada estirão do crescimento. Apresenta como característica clínica dor na região da tuberosidade anterior da tíbia (TAT) especialmente aos esforços que necessitem de uma forte contração do músculo quadriceps e proeminência óssea visível na região proximal anterior da perna. O exame da articulação do joelho é normal devido a tratar-se de uma patologia extra articular.
Tendo predomínio, no sexo masculino da faixa etária dos 10 aos 15 anos, praticantes de esportes especialmente os que incluem: chutes, saltos e corridas. Os sintomas são bilaterais em 25% dos casos.
ETIOLOGIA
A etiologia é controvertida, pois antigamente acreditava-se que esta patologia fosse devido à necrose avascular, porém atualmente aceitam-se a teoria de overuse do quadríceps e micro traumas na tuberosidade tibial. Existe uma tendência cada vez maior de crianças e adolescentes participarem de competições, fazendo com que a demanda sobre o tecido músculo esquelética em amadurecimento sofra. 
FISIOPATOLOGIA

Esta patologia ocorre quando existe um stress na epífise de crescimento próximo a área da tuberosidade tibial. 

O crescimento do osso dá-se pelas epífises, que são constituídas por cartilagens. O crescimento ósseo ocorre mais rapidamente do que o crescimento muscular, resultando assim uma tensão do tendão do músculo através da inserção e da perda da flexibilidade.


Durante o período de crescimento rápido, o stress da contração do quadríceps é transmitido através do tendão patelar em uma parcela pequena a tuberosidade tibial. Isso pode resultar em uma fratura parcial ou avulsão do centro de ossificação.

TIPOS

Síndrome de Sinding-Larsen-Johannson é uma variante de OS, na qual acomete a parte inferior da patelar onde é inserido o tendão patelar. Acomete principalmente o sexo feminino entre 12 e 15 anos, que praticam atividades físicas extenuantes. 



CONSEQÜÊNCIA


Alteração da superfície articular levando a uma pré-disposição para uma osteoartrite. Podendo levar a uma incapacidade funcional. Na grande maioria dos casos é uma patologia auto limitada tendo sua regressão total dos sintomas com o final do crescimento músculo esquelético.



COMPLICAÇÕES


Fratura de osso subcondral na epífise, subluxação da articulação, deformidade da epífise resultando em incongruência articular e doença degenerativa tardia, superiorização da patela, avulsão total do tendão patelar, não consolidação dos fragmentos, condromalácia, geno-recurvatum.



QUADRO CLINICO

Paciente relata algia insidiosa no joelho localizada no tubérculo tibial (mais ou menos dois ou três polegares abaixo da patela). Piorando com a realização da atividade e aliviando com o repouso. Tendo uma maior incidência unilateral, pode apresenta tumefação na aérea do tubérculo tibial.


Inspeção


Fazendo a inspeção palpatória deve-se verificar o joelho flexionado em perfil. Ao palpar o tubérculo o paciente relatara dor. Para observar a sintomatologia pede-se o paciente deve realizar uma flexão e em seguida uma extensão com exercício ativo resistido.

Pode ser observado um edema macio visível ao redor da tuberosidade tibial. 



Sinais Radiológicos


Quando os sinais radiológicos do joelho em perfil apresentar laudo de normalidade ou apenas uma tumefação das partes moles, sendo indicativo de fase inicial da patologia. E quando observarmos uma irregularidade da fragmentação da apófise indica que a mesma esta na fase moderada. E quando a doença esta na fase avançada verificamos que há um ossículo intra-tendinoso.



DIAGNOSTICO DIFERENCIAL
Deve-se diferenciar de infecções, tumores, fraturas, cistos, síndrome femulo-patelar, bursite de pata de ganso, condromalácia patelar, osteomielite proximal da tíbia, e tendinite patelar.
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO

Vale ressaltar que no tratamento é importante reconhecer que esta alteração tem curso alto limitado e regride com a fusão da tuberosidade da tíbia, que ocorre entre 15 e 18 anos no sexo masculino e entre 12 e 15 anos no sexo feminino.

Na fase aguda, crioterapia (gelo) e restrição do movimento.

Se o paciente suportar a dor deve-se realizar alongamento do quadríceps, mobilização articular. Com a evolução do tratamento e melhora do quadro de dor o enfoque é passado para o fortalecimento de toda musculatura envolvida para evitar recidivas.


O uso de cintas ou tensores pode reduzir a sintomatologia em pacientes praticantes de atividades físicas.
O tratamento cirúrgico (extremamente raro) somente é indicado quando o paciente continua apresentando quadro álgico após todos os tratamentos convencionais.

PROGNÓSTICO
O prognostico é excelente, sendo que os sintomas irão desaparecer em um ano, e o desconforto pode persistir por dois a três anos até o fechamento da placa epifisária tibial. Essa fase geralmente é o maior limitante para o quadro clínico dessa patologia terminar.






terça-feira, 24 de abril de 2012

Perícia Técnica realizada por fisioterapeuta do trabalho não leva a cerceamento de defesa


TST deu razão ao bancário que adquiriu uma doença ocupacional durante o trabalho, considerando o laudo pericial de uma fisioterapeuta


A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST), por unanimidade, não conheceu (rejeitou) o recurso apresentado pelo Banco Safra S.A. pelo qual buscava a declaração de nulidade de uma perícia técnica que teria ajudado a comprovar o nexo de causalidade entre as atividades desenvolvidas por um bancário e a sua doença ocupacional.

Em seu pedido inicial na reclamação trabalhista ajuizada em busca de reparação, o bancário descreveu que em função de suas atividades teria desenvolvido LER/DORT nos ombros braços e punhos. Após ter suas atribuições modificadas pelo banco apresentou piora em seu quadro clínico, vindo a se licenciar por ordens médicas por oito dias. Após um período nessa situação acabou sendo dispensado pelo banco.

O laudo contestado fora expedido por uma fisioterapeuta do trabalho devidamente registrada no Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) de Pernambuco (PE). No caso conforme consta da decisão regional a fisioterapeuta havia sido nomeada pelo juiz para verificação do nexo de causalidade a pedido do próprio banco para complementação de provas.

O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (PE) não acatou o pedido do banco. Segundo o acórdão regional a profissional estava inscrita no COFFITO e, portanto, habilitada para analisar e emitir relatórios e pareceres de análise ergonômica, bem como estabelecer o nexo de causalidade para distúrbios de natureza funcional conforme disciplina a Resolução nº 259/03 do conselho profissional. No caso, a fisioterapeuta havia sido nomeada para complementar a prova existente nos autos que já continha exames e laudos médicos, emissão de CAT e concessão do benefício previdenciário.

O acórdão Regional destacou que o laudo emitido pela fisioterapeuta como forma de prova pericial serviu apenas como um dos elementos utilizados na formação do livre convencimento do juiz já que o caso se tratava de doença profissional relacionada com a possibilidade de ausência de medidas preventivas no ambiente de trabalho.

Nas razões apresentadas no recurso de revista o banco sustentou que a decisão regional havia violado o artigo 5º, LIV e LV, da CF. Para a defesa do banco o nexo de causalidade não poderia ser atestado pela profissional de Fisioterapia do Trabalho, por não ter esta capacidade e habilitação técnica para ajudar o juiz a formar seu convencimento. Com estes argumentos pedia a nulidade da perícia por cerceamento de defesa.

O ministro relator Aloysio Corrêa da Veiga observou que segundo consta do acórdão regional ficou comprovado que foram utilizados outros meios de prova, além da perícia para o convencimento motivado do juiz. Dessa forma, em virtude do princípio do livre convencimento motivado do juiz, não entendeu como violados os princípios constitucionais do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal alegados.
                      


Fonte: Jornal Jurid.com

sábado, 21 de abril de 2012

Cientistas criam exame de sangue para detectar depressão em jovens



Hoje, médicos e psiquiatras fazem o diagnóstico da depressão com base no relato dos pacientes sobre seus sintomas – o que é algo totalmente subjetivo, ainda mais porque às vezes a tristeza tem motivo (perda de um ente querido, fim de um casamento etc.) e nem sempre isso é levado em conta.
Agora, pesquisadores da Northwestern University (EUA) desenvolveram uma opção que pode ser muito mais confiável: um exame de sangue capaz de diagnosticar a doença em adolescentes e diferenciar a depressão maior e a depressão maior combinada com ansiedade.
O teste, desenvolvido ao longo de um período de mais de 10 anos, pôde identificar mais de 25marcadores genéticos (mais precisamente, no RNA mensageiro) para a depressão com base em estudos com ratos gravemente deprimidos e ansiosos (pois é, os bichos também podem ter dessas).
Estudos adicionais em seres humanos descobriram que muitos desses marcadores também são válidos para adolescentes humanos, e a combinação entre eles permitiu aos pesquisadores usarem o exame de sangue por si só para determinar com precisão quais dos voluntários estavam deprimidos e/ou ansiosos e quais estavam completamente sãos.
Mas uma das autoras do estudo, a professora de psiquiatria Eva Redei, disse ao siteFoxNews.com que o teste não deve eliminar as conversas entre o médico e o paciente para o diagnóstico. A ideia é servir apenas como um complemento.  “O teste apenas ajuda a informar. Queremos dar aos pacientes deprimidos – e existem muitos – a mesma chance que nós estamos dando para quem sofre de diabetes, hipertensão e outras doenças para as quais existem exames”, explicou ela.
Vencendo estigmas
Segundo Redei, a meta de longo prazo é não apenas fornecer aos médicos uma ferramenta para diagnosticar pacientes de forma objetiva, mas também remover estigmas relacionados à depressão.  Ela explicou que há um pouco de vergonha associada à doença: como até então nao havia um exame como os que existem para diabetes e coisas do tipo, os pacientes muitas vezes não encaram a depressão como uma doença de fato e se sentem culpados por nao conseguirem melhorar o próprio humor. Um exame de sangue comprovando que o problema está em parte enraizado na genética, fora do controle do paciente, pode ajudar.
O teste também pode ajudar muito no tratamento da doença, permitindo entender por que alguns medicamentos funcionam para alguns pacientes e não para outros. “Hoje, mesmo os melhores psiquiatras não podem fazer nada mais do que prescrever de um a três diferentes tipos de medicamentos ou tratamentos baseados na experiência prévia e de tentativa e erro“, disse ela.

Fonte: SuperInteressante

Ministério da Ciência cria formulário para autorizar uso de animais em pesquisas



O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) publicou no Diário Oficial da União desta quinta-feira o texto que cria um formulário unificado para autorizar o uso de animais em pesquisas científicas. A resolução passa a valer em quinze dias.
A criação desse formulário está vinculada à lei Arouca, criada em 2008 para regulamentar o uso de animais em pesquisas de laboratório. A lei prevê uma série de restrições e condições para o uso de animais em experimentos científicos. Além da regulamentação, o governo criou o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), que tem como função supervisionar o cumprimento da lei.
Desde 2009, todas as instituições brasileiras que quiserem desenvolver pesquisas com animais devem instalar uma Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA), por meio da qual os pesquisadores submetem seus projetos ao Concea.
No preenchimento do formulário, o pesquisador deverá informar a origem e espécie do animal usado em seu experimento, as condições nas quais ele será mantido e se haverá uso de fármacos durante a pesquisa. Cada CEUA pode adaptar o formulário conforme suas necessidades.
Além de solicitar autorização para uso de animais em experimentos, os institutos de pesquisa também precisam enviar relatórios que contenham as conclusões e até possíveis acidentes com os animais. O formulário já está disponível para download no site do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

FONTE: VEJA.com

domingo, 15 de abril de 2012

Sono irregular aumenta risco de obesidade e diabetes


Má notícia para quem dorme pouco ou em horários irregulares. Uma nova pesquisa indica que a falta de sono ou padrões de sono que contrariam o relógio biológico humano podem aumentar o risco de desenvolver diabetes e obesidade. O estudo, feito por cientistas da Harvard Medical School e do Brigham and Women’s Hospital, nos Estados Unidos, foi publicado semana passada na revista Science Translational Medicine.
 Os pesquisadores avaliaram 21 voluntários saudáveis em um ambiente controlado durante seis semanas. Foram regulados fatores como horas de sono, em que período do dia os participantes dormiam, dieta e outras atividades. A ideia foi simular situações que levam ao sono irregular, como turnos de trabalho alternados (diurno e noturno) ou jet lag recorrente.
Inicialmente, os participantes dormiram cerca de dez horas por noite. Em seguida, passaram três semanas com média de 5,6 horas dormidas a cada 24 horas, com períodos de sono alternados, de modo a simular trocas de turno. Para terminar, os voluntários passaram os últimos nove dias da pesquisa dormindo períodos normais e à noite.
Os cientistas observaram que a interrupção prolongada do sono normal e do ritmo circadiano afetou a produção de insulina nos voluntários da pesquisa, levando ao aumento de glicose no sangue. Em alguns casos, a elevação atingiu níveis considerados pré-diabéticos.
Os participantes também apresentaram importante queda em suas taxas metabólicas, que, segundo os autores do estudo, pode ser traduzida em um ganho de peso superior a 4,5 quilos por ano.
A boa notícia é que o estudo verificou que os efeitos danosos puderam ser revertidos em grande parte com a volta do sono para padrões normais. Os pesquisadores ressaltam que os voluntários não se exercitaram durante o período do estudo e pretendem avaliar no futuro interações entre sono, dieta e exercícios. (Agência Fapesp)
Distúrbios do sono
Insônia - é a dificuldade de dormir, podendo se apresentar antes (dificuldade para adormecer), durante (despertar por várias vezes à noite) ou no fim do sono (quando acorda antes do tempo). Fatores ambientais podem contribuir, mas também pode ser originários de outras doenças, como depressão e fibromialgia.
Apneia - o paciente acorda superficialmente para respirar por até centenas de vezes durante o sono. Muitas vezes, as pessoas acometidas nem sempre tem consciência dele. É o parceiro quem costuma ficar incomodado com o ronco e ruídos respiratórios. A apneia é provocada pela obstrução das vias aéreas. A obesidade também pode influenciar. Geralmente, acomete mais homens.
 
Narcolepsia - são ataques súbitos, inevitáveis e inadequados de sono. As crises são desencadeadas quando o cérebro, por engano, avisa que é hora de dormir, apesar de não ser noite e nem estar na cama. Desta forma o paciente adormece nas horas e locais mais impróprios. A narcolepsia é uma disfunção genética neurológica crônica, devido a não produção em quantidade suficiente o neurotransmissor estimulante.
Síndrome das Pernas Inquietas - é caracterizado por um impulso incontrolável de mover os pés. Esses movimentos involuntários prejudicam o sono e provocam queimação, desconforto, câimbras e coceiras.
 
Pesquisa com 22 mil pessoas em 11 cidades brasileiras mostrou que:
30% roncam demais
20% tem pesadelos e sono agitado
19% sofrem insônia
4% tem apneia do sono

12% dois ou mais sintomas

Fonte: O povo

terça-feira, 10 de abril de 2012

TREINO DE FORÇA REDUZ PRESSÃO ARTERIAL EM HIPERTENSOS


Portadores de hipertensão que realizaram treinamento de força (musculação) conseguiram reduzir a pressão arterial a níveis semelhantes aos obtidos por meio de medicamentos, revela pesquisa com a participação da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP.

O estudo comprova que o treino de força é seguro para os hipertensos, desde que com acompanhamento médico e de profissionais de atividade física. O trabalho também mostrou que a redução da pressão permanece por até quatro semanas após a interrupção do treinamento.

A pesquisa com hipertensos faz parte da pesquisa de Doutorado em Biofísica de Newton Rocha Moraes, realizado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), orientada pelo professor Ronaldo Carvalho e co-orientada por Reury Bacurau, professor do curso de Ciências da Atividade Física da EACH.

"Na literatura científica há vários estudos que mostram o efeito positivo do exercício aeróbio, como corridas e natação, no controle da pressão", diz Bacurau, "mas o benefício da musculação era pouco conhecido".

Participaram do estudo 15 homens com hipertensão moderada, que utilizavam medicação, com média de idade em torno de 46 anos. Durante seis semanas antes do início do treinamento, com supervisão médica, os medicamentos foram gradativamente retirados.

"Os pacientes eram examinados periodicamente e não tinham nenhuma outra doença crônica, como diabetes", aponta o professor da EACH.

Os exercícios foram realizados durante 12 semanas, trabalhando sete grupos musculares (abdômen, pernas, parte interna e externa das coxas, ombros, bíceps e tríceps) três vezes por semana, em dias não consecutivos.

"Apesar do treino ser o mesmo que é voltado para iniciantes, os participantes realizavam musculação convencional, ou seja, três séries em cada aparelho com carga moderada, e não em circuito, mudando de aparelho a cada série, com carga baixa", ressalta Bacurau.

Com o treinamento, a média de pressão dos pacientes, que era de 153 milímetros (sistólica, associada ao bombeamento de sangue pelo coração) e 96 milímetros (diastólica), caiu para 137 milímetros (sistólica) e 84 milímetos (diastólica).

"A redução está no mesmo patamar que é obtido com a medicação", destaca o professor.

Redução

De acordo com Bacurau, esperava-se uma redução média da pressão em torno de 5 milímetros, o que já seria considerado um resultado satisfatório. "No entanto, esse índice foi de aproximadamente 13 milímetros, o que comprova o efeito positivo do treinamento de força", observa.

Depois do final do período de treino, os pacientes foram acompanhados durante quatro semanas.

"Verificou-se que eles mantinham o mesmo efeito de queda da pressão registrado durante o tempo de realização dos exercícios", afirma o professor da EACH.

"Este resultado é importante, porque serve como estímulo ao hipertenso a continuar com a musculação, ajustando o treinamento às suas necessidades de vida".

A pesquisa também mostrou que os participantes tiveram aumento da força física e da flexibilidade.

"Há uma tendência de que a pressão aumente conforme a idade, numa fase em que as pessoas tem mais dificuldade para se movimentar e menos força para executar até tarefas simples", afirma Bacurau.

"Antes se acreditava que a musculação poderia ser perigosa para os hipertensos pelo risco de problemas cardíacos, mas hoje as pesquisas mostram seu potencial na redução de problemas cardiovasculares".

O professor recomenda que as pessoas interessadas em fazer treinamento de força procurem orientação de médicos e profissionais de atividade física.

"O ideal é fazer mais de um tipo de exercício, realizando também atividades aeróbias, que já tem efeito comprovado no controle da pressão arterial, além de outros benefícios", conclui.

FONTE: FaçaFisioterapia

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Uma breve reflexão sobre a vida e a maneira como encaramos as adversidades.

Ontem ouvi uma reflexão, simples, porem fala muito e muitos irão se identificar!

Há alguns anos atrás, uma empresa de calçados brasileira estava expandindo seus negócios e resolveu enviar dois dos seus melhores gerentes para a Índia a fim de conhecerem o mercado daquele país e já começarem as vendas da sua nova linha de sapatos. 

Ao chegarem a Índia, um dos gerentes liga para o executivo chefe da empresa e diz o seguinte:

" Cancelem imediatamente toda a produção que seria enviada para cá, pois aqui ninguém usa calçados, todos andam descalços. "

O segundo gerente também faz uma ligação para o seu chefe e diz o seguinte:

" Tripliquem a produção de calçados que seriam enviados para cá, pois aqui ninguém usa calçados, todos andam descalços, ainda! "


O pequeno conto acima nos mostra que a dificuldade, nada mais é do que uma visão subjetiva e esta depende de como encaramos as situações que a vida nos proporciona, cada um decide enfrentá-la ou não, de uma maneira diferente, alguns desistem diante da primeira dificuldade, outros até tentam, mas, diante do primeiro problema dão para trás e recuam em seus planos deixando para trás seus objetivos e metas; outras pessoas porém olham a dificuldade como uma chance de fazerem sucesso, uma oportunidade de vencerem na vida e seguirem em frente, as enfrentam sem medo e quanto maior a dificuldade maior o seu desejo de vencê-las, maior a vontade de alcançar seu objetivos e metas.

Sejamos como o guerreiro da luz:

“O guerreiro da luz às vezes se comporta como água, e flui por entre os muitos obstáculos que encontra.
Em certos momentos, resistir significa ser destruído; então, ele se adapta às circunstâncias. Aceita, sem reclamar, que as pedras do caminho tracem seu rumo através das montanhas.
Nisto reside a força da água: ela jamais pode ser quebrada por um martelo, ou ferida por uma faca. A mais poderosa espada do mundo é incapaz de deixar uma cicatriz em sua superfície.
A água de um rio adapta-se ao caminho que é possível, sem esquecer do seu objetivo: o mar. Frágil em sua nascente, aos poucos vai ganhando a força dos outros rios que encontra.
E, a partir de determinado momento, seu poder é total.”

Paulo Coelho

segunda-feira, 2 de abril de 2012

A INTERVENÇÃO DA FISIOTERAPIA NA REABILITAÇÃO CARDÍACA


A Fisioterapia, assim como outras áreas da saúde, tem desenvolvido significantes pesquisas na área da Reabilitação Cardíaca (RC) a fim de estimular positivamente, tanto à causa subjacente da doença, quanto às capacidades funcionais do paciente, de maneira que o mesmo possa, através do próprio esforço, realizar as suas atividades da vida diária (SILVA, 2007; PRYOR & WEBBER, 2002). O artigo de revisão da literatura disponibilizado nesta atividade reflexiva aprofunda a discussão sobre as fases da RC, por meio da análise em detalhes do ciclo de intervenção da Fisioterapia, de forma a poder colaborar para uma prática mais eficiente da mesma (SILVA, 2007).

Conforme os estudos de Silva (2007) e Carvalho et al. (2006), a primeira fase da RC corresponde ao período de internamento do paciente numa instituição hospitalar, caso não ocorram complicações, tem uma duração que poderá variar entre 06 e 12 dias. Esta fase pode ser dividida em três subfases: pré-operatório (somente em casos cirúrgicos) a atuação da Fisioterapia está enfocada na orientação clínica, no ensino de técnicas para melhoria da função respiratória e de desobstrução das vias aéreas, a fim de diminuir a incidência de complicações pulmonares pós-cirúrgicas (CPP); na subfase aguda a finalidade é prevenir a ocorrência de complicações respiratórias, monitorizando a remoção de secreções, verificando a ventilação e se necessário a intervenção direta deverá ser seletiva e não generalizada a todos os pacientes; na subfase de mobilização, as metas da Fisioterapia são de assegurar que as capacidades funcionais do paciente permaneçam no nível desejado para as atividades da vida cotidiana e que o mesmo esteja apto para iniciar a próxima etapa.

A segunda fase da RC corresponde ao período de pós-internamento (SILVA, 2007), ou extra-hospitalar (CARVALHO, et al., 2006), tem duração que pode variar entre 03 e 06 meses e pode ser executado em diferentes contextos. A fisioterapia nesta fase da RC almeja aperfeiçoar a independência funcional do paciente facilitando a identificação das suas limitações físicas, o aumento do nível de aptidão cardiorrespiratória e facilitando o desenvolvimento e manutenção de um estilo de vida fisicamente ativo (SILVA, 2007). A respeito do tipo de programa exercício físico nesta fase da RC, Silva (2007) – fazendo referência a outros autores – diz que este deve incluir exercícios aeróbicos (contínuo ou intervalado), exercícios de fortalecimento muscular, como também de flexibilidade a fim de preservar a amplitude de movimentos articulares, numa frequência de 03 a 05 vezes por semana, como também a utilização de técnicas de relaxamento, pois a mesma promove respostas cardiovasculares satisfatórias ao paciente.
A terceira fase da RC pode estender-se durante um período de 06 a 24 meses (CARVALHO, et al., 2006) ou por toda a vida do paciente (SILVA, 2007). De acordo com Carvalho, et al. (2006) a supervisão de exercícios deve ser feita por profissional especializado em exercício físico (professor de educação física e/ou fisioterapeuta). O objetivo é a manutenção em longo prazo das capacidades funcionais desenvolvidos na fase II, focando-se assim na auto-regulação do paciente e adoção de um estilo de vida saudável.

São vários os benefícios que a reabilitação cardiovascular exerce sobre o paciente: ação favorável sobre o perfil lipídico; aumento da capacidade funcional; melhora a angina em repouso; amplia a relação ventilação/perfusão pulmonar; melhora o condicionamento aeróbio; diminui os níveis pressóricos, reduz em torno de 20% a 25% no risco de morte nos pacientes pós-infarto agudo do miocárdio, entre outras (MORAES, et al., 2005).

Embora tais estudos tenham trazidos vários benefícios aos programas de intervenção, precisa-se ainda avançar nas pesquisas para melhor responder aos questionamentos que ainda são pertinentes. A atuação, portanto, do fisioterapeuta em cada uma das fases da RC garante aos pacientes a possibilidade de evolução rápida de suas capacidades funcionais, oferecendo-lhe uma melhor qualidade de vida.

REFERÊNCIAS
- CARVALHO, T., et alDiretriz da Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica: Aspectos Práticos e Responsabilidades. Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Volume 86, Nº 1: 74-82. 2006.
- MORAES R.S., et al. Diretriz de Reabilitação CardíacaArquivos Brasileiros de Cardiologia; Volume 84, Nº 5: 431-40. 2005
- PRYOR, J. A., & WEBBER, B. A. Fisioterapia para problemas Respiratórios e Cardiacos2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2002.
- SILVA, H. Fases da Reabilitação Cardíaca: A Intervenção da Fisioterapia (Revisão da Literatura). EssFisiOnline, vol. 3, nº 3 , 17-35. 2007.

Fonte: FaçaFisioterapia.com

Por: Diego Sarmento de Sousa



domingo, 1 de abril de 2012

Conheça um pouco mais sobre a acupuntura.


A Acupuntura é um tratamento, onde o acupunturista irá observar seu histórico, fazer uma avaliação, identificar as suas disfunções e o órgao relacionado ao problema e começar o tratamento.
A acupuntura (do latim acus - agulha e punctura - colocação) é um ramo da Medicina Tradicional Chinesa e um método de tratamento considerado complementar de acordo com a nova terminologia da OMS - Organização Mundial da Saúde.

A acupuntura consiste na aplicação de agulhas, em pontos definidos do corpo, chamados de "Pontos de Acupuntura" ou "Acupontos", para obter efeito terapêutico em diversas condições.

A tradução causa a impressão de que o terapeuta só trabalha com agulhas. Os pontos e meridianos também podem ser estimulados por outros tipos de técnicas. Na verdade, os pontos de Acupuntura podem ser estimulados por: agulhas, dedos (acupressão) caracterizando distintas variantes da técnica de massagem chinesa (tui na, shiatsu (japonês), do-in); stiper (do inglês Stimulation and Permanency - Estimulação Permanente); ventosa (embora seja uma aplicação em diversos pontos simultâneos) ou pelo aquecimento promovido por moxa ou seja, longo tempo de aplicação do fogo", - um bastão de artemísia em brasa, que é aproximado da pele para aquecer o ponto de acupuntura. Há, também, o método de estimulação por laser e corrente elétrica, ainda em estudos.

Além das referidas técnicas de estimulação acima descritas, ainde pode ser incluída a acupuntura com a eletroestimulação, ou eletroacupuntura, explorada com diversas perspectivas teórico - clínicas, a exemplo o sistema japonês Ryodoraku (ryo=boa, do=(electro) condução, raku=linha) desenvolvida pelo Dr. Yoshio Nakatani explorando a relação entre a eletrocondutividade da pele e os pontos dos diversos meridianos.

Dentro do conhecimento atual de fisiologia, a Acupuntura é um método de estimulação neurológica em receptores específicos, com efeitos de modulação da atividade neurológica em três níveis – local, espinhal ou segmentar, e supra-espinhal ou suprasegmentar.

Já em 1921, Goulden concluiu sobre a participação do Sistema nervoso autônomo na Acupuntura, através dos nervos simpáticos, observando também que os pontos de Acupuntura possuem impedância menor entre si que os pontos próximos ou circunjacentes.

Chiang e Cols, em 1973, demonstraram que o efeito da Acupuntura é conduzido através dos nervos, ao constatarem que o estímulo acupuntural não surtia efeito quando aplicado em área bloqueada por anestésico local.

Chan, 1984, concluiu que muitos dos pontos de Acupuntura correspondem a locais de penetração das fibras nervosas na fáscia muscular, 309 pontos estão localizados sobre terminações nervosas e 286 pontos localizados sobre os principais vasos sanguíneos, rodeados pelos Nervi vasorum, a inervação própria dos vasos sanguíneos. Alguns pontos de Acupuntura correspondem aos pontos gatilhos (Trigger points, em inglês), que são pontos localizados na musculatura, sensíveis ao toque e que condicionam o surgimento de sintomas à distância, como dores de cabeça, por exemplo.

Em 1985, foi descoberto que a aplicação de agulhas de Acupuntura estimulava fibras nervosas específicas e que as sensações produzidas pelo estímulo por acupuntura correspondem àquelas experimentadas pelo estímulo das fibras nervosas do tipo A delta (A δ), como choque, sensação de peso ou parestesia.

A Acupuntura aplicada em áreas de pele acometidas por Neuralgia pós-herpética não se mostrou eficaz (Embora o efeito analgésico possa ser obtido puncionando-se outras áreas). E foi demonstrado que, na Neuralgia pós-herpética, a sensação típica da estimulação de fibras A δ está ausente.

Ação segmentar da Acupuntura

Ação segmentar da Acupuntura é o conjunto de mecanismos fisiológicos que ocorrem do local do estímulo com agulha até a medula espinhal. O estímulo de fibras nervosas "A δ" por agulhas de Acupuntura ativa o interneurônio inibitório, ou célula pedunculada, na lâmina II do corno posterior da medula espinhal. A célula pedunculada, com a liberação de metencefalina, bloqueia, na área conhecida como Substância Gelatinosa, a transmissão do sinal da dor conduzido pelas fibras tipo "C" para os tratos ascendentes da medula. Por outra via ascendente, o trato espinotalâmico, o estímulo da fibra "A δ" é conduzido ao Córtex cerebral, onde são interpretadas, ou "percebidas" as sensações de peso, distensão, calor ou parestesia que ocorrem durante o estímulo por acupuntura.


Ação supra-segmentar da Acupuntura

O estímulo das fibras A δ prossegue através do trato espinotalâmico até o córtex cerebral, onde é percebido conscientemente e à medida que segue neste trajeto, há colaterais para os diversos níveis da medula espinhal, com liberação de Beta-endorfina, um dos tipos de Morfina do próprio organismo, e afetando vias neurológicas descendentes que terminam por reforçar a estimulação da célula pedunculada, com efeito analgésico sobre o estímulo das fibras tipo C, e que usam o neurotransmissor Serotonina, o chamado "Hormônio do bem-estar", o que explica bem os efeitos da Acupuntura não só no tratamento da dor, como também da depressão e dos estados de ansiedade.


Ação Central da Acupuntura

O estímulo da agulha de Acupuntura atinge áreas do encéfalo mais elevadas, como o Hipotálamo e a Hipófise, promovendo o equilíbrio do funcionamento destes centros. Como a Hipófise é uma Glândula, ocasionalmente chamada de Glândula Mãe, que coordena a função de diversas outras glândulas do corpo, o efeito da Acupuntura sobre este órgão afeta o funcionamento das Glândulas supra renais, da Tireóide, dos ovários, dos testículos, e assim tem ação terapêutica sobre a Hipertensão arterial, Dismenorréia, Tensão pré-menstrual, disfunções da Libido, e outras patologias.


Neurotransmissores na Acupuntura

Até o presente momento, sabe-se que a Acupuntura afeta a expressão e ou liberação de serotonina, e dos peptídeos opióides beta-endorfina, meta-encefalina, e dinorfina. A colecistocinina, peptídeo envolvido no processo digestivo, é antagonista da acupuntura. Considerando que a colecistocinina é estimulante da secreção ácida do estômago, temos daí a compreensão do efeito benéfico da acupuntura sobre as gastrites, úlceras e na Doença de refluxo gastroesofágico. A Naloxona, inibidor da ação de opióides, muito utilizada em Medicina antagoniza os efeitos da Acupuntura. Em dado momento, postulou-se que a ação da Acupuntura seria fruto apenas da liberação de endorfinas, entretanto, a rápida instalação da analgesia e sua duração maior que o tempo de aumento da quantidade de opióides pela Acupuntura liberados demonstra que outros mecanismos estão envolvidos.