quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Câncer de próstata


Vírus Epstein-Barr e HPV foram encontrados em amostras malignas do câncer


         Os vírus papiloma vírus humano (HPV) e Epstein-Barr (EBV), conhecidos pela associação com tumores humanos, estão presentes na maioria dos cânceres de próstata. Segundo um novo estudo conduzido por pesquisadores australianos, eles podem estar agindo de maneira conjunta para causar e dar progressão ao tumor.  A pesquisa foi liderada pelos professores Noel Whitaker e James Lawson, da Universidade de New South Wales, e foi publicada na revistaThe Prostate.

           Os pesquisadores analisaram mais de 100 amostras de próstatas normais, e com tumores benignos e malignos. O estudo revelou que tanto o papiloma vírus humano(HPV) como o vírus Epstein-Barr (EBV) estavam presentes em mais da metade dos cânceres malignos. O HPV, sozinho, estava presente em cerca de 70% dos tumores de próstata estudados.

           Nas amostras de próstata analisadas, foi encontrada também uma variedade de alto risco do vírus, o HPV 18, que está associado a outros cânceres humanos, como o câncer cervical. Essa variedade é combatida pela vacina contra o HPV, mas, muitas vezes, a imunização só é sugerida para as mulheres. “Se o HPV 18 também estiver associado com o câncer de próstata, como a nossa pesquisa sugere, vacinar os meninos pode se provar um benefício para eles também”, afirma o pesquisador.


O que é o Câncer de Próstata?

          A Próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, o câncer de próstata ocorre quando as células da próstata sofrem mutações e começam a se multiplicar sem controle. Estas células podem se espalhar (metástase) a partir da próstata em direção a outras partes do corpo, especialmente ossos e linfonodos. O câncer de próstata pode causar dor, dificuldade em urinar, disfunção erétil e outros sintomas.
    A maioria dos cânceres de próstata cresce lentamente e não causa sintomas. Tumores em estágio mais avançado podem ocasionar dificuldade para urinar, sensação de não conseguir esvaziar completamente a bexiga e hematúria (presença de sangue na urina).
       Dor óssea, principalmente na região das costas, devido à presença de metástases, é sinal de que a doença evoluiu para um grau de maior gravidade.

     As taxas de incidência deste tipo de carcinome variam amplamente no mundo: o câncer é menos comum no sul e leste da Ásia e mais comum na Europa e Estados Unidos. O câncer é menos comum entre homens asiáticos e mais comum entre homens negros. O câncer de próstata é o sexto tipo mais comum no mundo e o de maior incidência nos homens. As taxas da manifestação da doença são cerca de seis vezes maiores nos países desenvolvidos, quando comparados aos países em desenvolvimento.
     Cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem em homens com mais de 65 anos. Quando diagnosticado e tratado no início, tem os riscos de mortalidade reduzidos. No Brasil, é a quarta causa de morte por câncer e corresponde a 6% do total de óbitos por este grupo.
    Segundo estimativa da pesquisa Incidência de Câncer no Brasil em 2010/11, realizada pelo Instituto Nacional do Câncer, a população masculina do Rio Grande do Sul deve ser a que apresentará mais casos de câncer de próstata até o final do ano – 80 para cada 100 mil homens. É o tipo de câncer mais comum em homens nos Estados Unidos, país em que é a segunda maior causa de mortes masculinas por câncer, atrás somente do câncer de pulmão. Entretanto, muitos homens que desenvolvem câncer de próstata não apresentam sintomas e acabam morrendo por outras causas. Muitos fatores, incluindo genética e dieta, tem sido relacionados ao desenvolvimento do câncer de próstata.

 Prevenção e tratamento

         A próstata é uma glândula masculina localizada na parte baixa do abdômen. Tem a forma de maçã e situa-se logo abaixo da bexiga e à frente do reto. A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada.

       Uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais e com menos gordura, principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco do câncer. Especialistas recomendam pelo menos 30 minutos diários de atividade física, manter o peso adequado à altura, diminuir o consumo de álcool e não fumar.
       Homens a partir dos 50 anos devem procurar um posto de saúde para realizar exames de rotina. Os sintomas mais comuns do tumor são a dificuldade de urinar, frequência urinária alterada ou diminuição da força do jato da urina, dentre outros. Quem tem histórico familiar da doença deve avisar o médico, que indicará os exames necessários.
       O toque retal é o teste mais utilizado, apesar de suas limitações: somente a porção posterior e lateral da próstata pode ser palpada. É recomendável fazer o exame PSA (antígeno prostático específico, na sigla em inglês), que pode identificar o aumento de uma proteína produzida pela próstata, o que seria um indício da doença.
        Para um diagnóstico preciso, é necessário analisar parte do tecido da glândula, obtida pela biópsia da próstata.
        Caso a doença seja comprovada, o médico pode indicar radioterapia, cirurgia ou até tratamento hormonal. Para doença metastática (quando o tumor original já se espalhou para outras partes do corpo), o tratamento escolhido é a terapia hormonal. A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após médico e paciente discutirem os riscos e benefícios de cada um.

Rede pública

       A Política Nacional de Atenção Oncológica garante o atendimento integral a todos aqueles diagnosticados com câncer, por meio das Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) e dos Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon).
     Todos os estados brasileiros têm pelo menos um hospital habilitado em oncologia, onde o paciente de câncer encontrará desde um exame até cirurgias mais complexas.
      Mas para ser atendido nessas unidades e centros é necessário ter um diagnóstico já confirmado de câncer por laudo de biópsia ou punção.

Recomendações
* Homens sem risco maior de desenvolver câncer de próstata devem começar a fazer os exames preventivos aos 50 anos;
* Descendentes de negros ou homens com parentes de primeiro grau portadores de câncer de próstata antes dos 65 anos apresentam risco mais elevado de desenvolver a doença; portanto, devem começar a fazer os exames aos 45 anos;
* Pessoas com familiares portadores de câncer de próstata diagnosticado antes dos 65 anos apresentam risco muito alto de desenvolver a doença; por isso, devem começar o acompanhamento médico e laboratorial aos 40 anos;
* Homens com níveis de PSA abaixo de 2,5 ng/mL devem repetir o exame a cada 2 anos; já aqueles com PSA acima desse valor devem fazer o exame anualmente;
* Resultados de PSA e toque retal alterados são relativamente comuns, mas podem gerar muita angústia, apesar de não serem suficientes para estabelecer o diagnóstico de câncer de próstata; para confirmá-lo é indispensável dar prosseguimento a uma avaliação médica detalhada e criteriosa;
* Optar por uma alimentação balanceada e praticar exercícios físicos regularmente são recomendações importantes para prevenir a doença.


Referências:
Veja.com
Saúde do homem: Câncer de Próstata, disponivel em: <http://www.brasil.gov.br> acesso em: 02 ago 2012


Câncer de Próstata, disponivel em: <http://drauziovarella.com.br> acesso em: 01 ago 2012

Tipos de Câncer: Próstata, disponivel em:<http://www2.inca.gov.br> acesso em: 02 ago 2012

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