terça-feira, 28 de agosto de 2012

Você conhece a DOENÇA DE REFSUM?

A Doença de Refsum é parte de um grupo de doenças genéticas chamadas leucodistrofias, que danificam progressivamente a bainha de mielina dos neurônios, afetando diversos sistemas do organismo. É um transtorno hereditário autossômico recessivo, um erro inato do metabolismo causado pelo acúmulo de ácido fitânico no sangue e tecidos, pela incapacidade de metabolização do organismo, onde o defeito herdado consiste em um bloqueio da oxidação alfa desse ácido, havendo uma deficiência no metabolismo pelos peroxissomos. Autores sugerem que o acúmulo do ácido fitânico inicia a morte celular dos astrócitos, ativando a rota de apoptose mitocondrial. O ácido fitânico constitui 10 a 30% dos ácidos graxos no plasma, e tem como precursores substâncias contendo clorofila e fitol.

 Os primeiros casos da doença foram relatados em 1945 por Sigvald Refsum, a propósito de quatro pacientes de duas famílias distintas, que denominou heredophathia ataxia polyneuritiformis, atualmente sendo conhecida como Doença de Refsum.

A Doença de Refsum é uma doença neurológica rara caracterizada principalmente por neuropatia sensorial, ataxia cerebelar, anosmia, retinite pigmentosa, pele seca, deformidades esqueléticas e ictiose, sendo mais comum em crianças ou adultos jovens de origem escandinava. Os pacientes com Doença de Refsum sofrem também de neurodegeneração e distrofia muscular, podendo apresentar hipotonia, areflexia/hiporeflexia e hemiplegia/hemiparesia. O acúmulo de ácido fitânico em tecidos graxos da mielina, coração, fígado e retina é que leva às alterações citadas.

No início do quadro são comuns manifestações oculares como cegueira noturna e restrição concêntrica do campo visual, em virtude da retinose pigmentar que se instala1. O prognóstico desta doença é reservado, progredindo os sintomas algumas vezes até cegueira completa e surdez, frequentemente aumentando e diminuindo de intensidade. As recidivas são bastante irregulares, estando correlacionadas com o grau de aumento das proteínas liquóricas.

A Doença de Refsum é de difícil e complexo diagnóstico, realizado mediante análise cromatográfica do plasma, sendo confirmado pela presença de acidemia fitânica.

A terapia consiste numa dieta com baixo teor de fitol e clorofila, por exemplo, frutas, vegetais e manteiga. No entanto, sabe-se que a restrição da dieta com ácido fitânico, não é totalmente suficiente para prevenir os surtos agudos da doença e nem estabilizar seu curso progressivo.

Considerando que o paciente com Doença de Refsum pode apresentar inúmeras alterações motoras, decorrentes do comprometimento neurológico, surge a necessidade da intervenção fisioterápica, juntamente com o tratamento clínico, visando um melhor prognóstico e qualidade de vida do paciente.


TRATAMENTO

A doença não tem cura, mas sim tratamentos. Atualmente para a doença de Refsum não há cura, mas alguns tratamentos auxiliam na diminuição dos sintomas, trabalhando na diminuição do tônus, melhora na movimentação ativa dos pacientes, facilitando e retardando a sintomatologia prevista pela patologia.

Segundo a Sociedade Americana de Leucodistrofias (2001), o Departamento de Neurologia Clínica, do Hospital Nacional de Neurologia e Neurocirurgia de Londres (2001), Gibberd (2005), Aubourg (2005), Wanders (2006) e Wanders, Waterham, Bart (2010) o tratamento mais indicado e utilizado para a doença de Refsum é a plasmaferese. Esse é um procedimento no qual é realizada transfusão sanguínea. Esta constitui uma técnica de purificação extracorpórea de sangue projetada para remover partículas de grande peso molecular.

Acredita-se que o mecanismo de ação seja a remoção de auto-anticorpos circulantes, imuno-complexos, citocinas e outros mediadores inflamatórios.

Além da dieta e plasmaferese, um dos tratamentos mais importantes que um paciente pode fazer é manter-se em bom estado geral de alimentação, repouso e exercícios de forma sensata.

O Departamento de Neurologia Clínica, do Hospital Nacional de Neurologia e Neurocirurgia Londres, Reino Unido (2001) Gale (2005), Gibberd (2005), Ruether et al (2010), Zalewska (2011) referem que na dieta devem ser evitados carnes e verduras e podem ser incluídos carne de aves, suínos, frutas e verduras.

Segundo Aubuorg (2005) A dieta para portadores de Doença de Refsum: deve ser de cerca da 70 gramas de proteína e 2700 calorias por dia, totalizando menor índice de acido fitânico.

Um exemplo de distribuição alimentar, com ingestão calórica adequada para evitar o catabolismo causando lipólise nesses pacientes seria o demonstrado abaixo, segundo Aubuorg (2005).


Alimentos proibidos
Produtos de gordura do leite e produtos lácteos: queijo, requeijão, iogurte com leite integral ou leite integral e sobremesas.
Chocolate
A carne de ruminantes: bovinos, ovinos, veados...
Miudezas, bacon
Os peixes gordos: peixe azul. Exemplos de peixes magros: bar, pescada, bacalhau, pargo, arinca, solha, linguado, badejo, skate, crustáceos (berbigão, mexilhão), lula, caranguejo, camarão.
Gorduras contidas nas frutas secas ou nozes: azeitonas, nozes, avelãs, amêndoas, amendoins.
Verduras de cor verde são ricos em clorofila.
Alimentos permitidos
Carne vermelha. Exceto: peito de frango
Peixe magro
ovos por semana
Arroz
Apenas vegetais que crescem subterrâneos
Frutas sem sementes e descascadas
Tipo de Margarina “Fruto de Ouro”.



A consulta com um nutricionista é recomendável para garantir uma boa quantidade de calorias, proteínas e vitaminas obtidas através da dieta e suplementos nutricionais que podem ser necessários.

Devido ao ácido fitânico ser armazenado nos depósitos de gordura no corpo, é importante para os pacientes com doença de Refsum ter padrões de alimentação regular. Mesmo com breves períodos de jejum, depósitos de gordura são convertidos em energia, resultando na liberação de ácido fitânico armazenados na corrente sanguínea, desenvolvendo maiores comprometimentos ocasionados pela patologia. 

Os tratamentos da Doença de Refsum são farmacológicos e dieta, para monitorar os níveis de ácido fitânico no soro e garantir que os mesmos continuam baixos.

  O tratamento fisioterapêutico tende a retardar a perda da função motora, paralelo ao processo neurológico degenerativo. Através desta, é possível oferecer ao paciente alternativas de conforto e independência nas atividades diárias, melhorando sua qualidade de vida e funcionalidade
dos movimentos. 

   A doença de Refsum, não tem tratamento, mas sim maneiras de controlar a sintomatologia dos pacientes, com acompanhamento de profissionais da área da saúde, como: nutricionistas, para controle da dieta, psicólogos para controle sentimental e comportamental, fisioterapeutas para controle de tônus, médicos para controlar a quantidade de ácido fitânico presente no plasma sanguíneo, controlando e medicação e a prescrição da plasmaferese se necessário.

            O papel da fisioterapia na Doença de Refsum tem como objetivo prevenir a perda da função motora e o processo degenerativo da função neurológica, através de alongamentos, mobilizações articulares, trocas posturais, atividades para ganho de movimentos finos e diminuir os reflexos da ataxia, fortalecimentos musculares, atividades que desenvolvam a criatividade e movimentação coordenada.

O paciente portador dessa doença, como relatado, apresenta diversas alterações e distúrbios cinéticos funcionais, nas quais é fundamental a atuação da fisioterapia. A recuperação da função motora e a melhora da qualidade de vida são muito importantes para o paciente neurológico, sendo que o objetivo mais importante da fisioterapia, na reabilitação de paciente com alterações neurológicas crônicas é alcançar o maior grau de independência do paciente. O tratamento fisioterápico tende a retardar a perda da função motora paralelo ao processo neurológico degenerativo que é irreversível. Através da fisioterapia é possível minimizar ou evitar as aderências articulares e atrofias musculares, prevenir úlceras de pressão, oferecendo ao paciente alternativas de conforto e independência nas AVD´s, melhorando a qualidade de vida e tornando os movimentos mais funcionais.

Estudo realizado acompanhou os atendimentos de uma paciente com a patologia, sendo que a mesma iniciou com os sintomas da doença aos 23 anos de idade, para tratamento foram realizados semanalmente acompanhamento com uma psicológa, um fisioterapeuta e uma nutricionista. A paciente apresentou melhora significativa com os atendimentos realizados, resultando na diminuição da ataxia, melhora na coordenação dos movimentos realizados, ganho de peso e melhora no convívio com outras pessoas além de melhor aceitação da patologia.








Referências:

BUSS, A. S.; BORBA L. S.; SACCANI, R. Atuação da fisioterapia em paciente com Doença de Refsum. Relato de caso. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Nº 114, Nov 2007.

MÜLLER, C. A.; BENELLI, D. A. Doença de Refsum. Uma revisão bibliográfica. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Nº 167, Abr 2012.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Pneumotórax

O pneumotórax é o acúmulo de ar entre as duas membranas pleurais. O pneumotórax pode ocorrer sem uma razão identificável, sendo então denominado pneumotórax espontâneo. O pneumotórax também pode ocorrer em decorrência de uma lesão ou de um procedimento que permite a introdução de ar no espaço pleural, como no caso da toracocentese. Os ventiladores mecânicos podem causar lesão pela pressão que eles exercem, produzindo um pneumotórax. Este é mais freqüente em indivíduos com síndrome da angústia respiratória aguda grave que necessitam de ventilação mecânica de alta pressão para conseguirem sobreviver. Normalmente, a pressão no espaço pleural é menor que a pressão intrapulmonar.

Pneumotórax do lado esquerdo (no lado direito da imagem) em tomografia computadorizada do tórax.
Fonte: Wikipédia.org

No entanto, quando o ar penetra no espaço pleural, a pressão local torna-se maior que a pressão intrapulmonar e o órgão colapsa de forma parcial ou completa. Algumas vezes, ocorre um colapso da maior parte do pulmão ou de todo ele, acarretando uma dificuldade respiratória imediata e grave. O pneumotórax espontâneo simples geralmente ocorre quando uma pequena área enfraquecida do pulmão (bolha) se rompe. O distúrbio é mais comum em homens altos com menos de 40 anos de idade.
Pneumotórax à direita pós-punção pleural (toracocentese).
Fonte: 
drmaurogomes.com.br

A maioria dos casos de pneumotórax espontâneo simples não é causada por esforço. Alguns casos ocorrem durante a prática de mergulho ou durante o vôo em altitudes elevadas, aparentemente devido às alterações da pressão nos pulmões. A maioria dos indivíduos apresentam uma recuperação total. O pneumotórax espontâneo complicado ocorre em indivíduos com doenças pulmonares extensas. Mais freqüentemente, esse tipo de pneumotórax é decorrente da ruptura de uma bolha em indivíduos idosos com enfisema.

O pneumotórax espontâneo complicado pode ocorrer em indivíduos com outras doenças pulmonares, como a fibrose cística, o granuloma eosinofílico, o abcesso pulmonar, a tuberculose e a pneumonia causada pelo Pneumocystis carinii. Por causa da doença pulmonar subjacente, os sintomas e as conseqüências geralmente são piores no pneumotórax espontâneo complicado. O pneumotórax de tensão é uma forma grave e potencialmente letal de pneumotórax.

Nesse distúrbio, os tecidos que circundam a área por onde ocorre a penetração do ar no espaço pleural funcionam como uma válvula unidirecional, permitindo a entrada do ar, mas não permitindo que ele saia. Essa situação produz uma pressão tão elevada na cavidade pleural que o pulmão colapsa totalmente e o coração e as outras estruturas mediastinais são desviadas para o lado oposto do tórax. Se ele não for tratado rapidamente, o pneumotórax de tensão pode causar a morte em poucos minutos.

Sintomas e Diagnóstico

Os sintomas variam muito e dependem do volume de ar que penetrou no espaço pleural e do tamanho da área pulmonar colapsada. Eles variam desde uma dificuldade respiratória leve ou uma dor torácica até uma dificuldade respiratória grave, choque e parada cardíaca potencialmente letal. Mais comumente, o indivíduo apresenta uma dor torácica intensa e abrupta e dificuldade respiratória, e ocasionalmente uma tosse não produtiva e intermitente. A dor pode ser sentida no ombro, no pescoço ou no abdômen.
Os sintomas tendem a ser menos graves no pneumotórax de evolução lenta que no pneumotórax de evolução rápida. Com exceção de um pneumotórax muito grande ou de um pneumotórax de tensão, os sintomas comumente desaparecem quando o organismo adapta-se ao colapso do pulmão e este, lentamente, começa a inflar novamente. Normalmente, o exame físico pode confirmar o diagnóstico. Com o auxílio de um estetostópio, o médico realiza a ausculta torácica e pode observar que uma parte não transmite os ruídos respiratórios normais.

A traquéia, a grande via aérea que passa através da região anterior do pescoço, pode ser desviada lateralmente por causa de um colapso pulmonar. Uma radiografia torácica revela o acúmulo de ar e o colapso pulmonar.

Tratamento

Um pneumotórax pequeno não exige tratamento. Normalmente, ele não causa problemas respiratórios graves e o ar é absorvido em poucos dias. A absorção completa de um pneumotórax maior pode levar de duas a quatro semanas. No entanto, o ar pode ser removido mais rapidamente com a inserção de um tubo torácico no pneumotórax. Quando o pneumotórax é suficientemente grande a ponto de comprometer a respiração, é necessária a instalação de um tubo torácico.

Este é conectado a um sistema de drenagem com selo de água ou a uma válvula unidirecional, que permite a saída do ar sem permitir que haja qualquer retorno. O tubo pode ser conectado a um aspirador quando o ar continua a escapar através de uma conexão anormal (fístula) entre uma via aérea e o espaço pleural. Em algumas ocasiões, é necessária a realização de cirurgia. Freqüentemente, a cirurgia é realizada com um toracoscópio introduzido através da parede torácica no interior do espaço pleural. Um pneumotórax recorrente pode causar uma incapacidade considerável.

Nos indivíduos de alto risco (p.ex., mergulhadores e pilotos de avião), a cirurgia deve ser aventada após o primeiro episódio de pneumotórax. Nos indivíduos com um pneumotórax resistente ou que apresentaram dois episódios de pneumotórax no mesmo lado, a cirurgia é realizada para eliminar a causa do problema. Em um pneumotórax espontâneo complicado com um escape persistente de ar para o interior do espaço pleural ou em um pneumotórax recidivante, a doença pulmonar subjacente pode ser uma contra-indicação para a cirurgia. Comumente, o espaço pleural pode ser selado através da administração de doxiciclina através de um tubo torácico enquanto o ar é evacuado.

No caso de um pneumotórax de tensão, a remoção emergencial do ar pode evitar a morte. O ar é imediatamente aspirado com o auxílio de uma seringa grande conectada a uma agulha introduzida no tórax. Em seguida, é realizada, separadamente, a introdução de um tubo para drenar o ar de forma contínua.



Fonte: facafisioterapia (na integra)

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Critérios MELD e PELD, o que são e para que servem.


O transplante de fígado é indicado para o paciente portador de doença hepática, aguda ou crônica, em fase terminal. As enfermidades que demonstram evolução conhecida, definida, e que têm pequena probabilidade de recidivar no fígado transplantado, possuem indicação tranquila e são aceitas de uma forma geral. As patologias mais importantes com esse tipo de indicativa são a colangite esclerosante primária, a hepatite crônica autoimune, a cirrose biliar primária e a insuficiência hepática aguda grave ou hepatite fulminante (MIES, 1998). Também são aceitas como indicações para o transplante: encefalopatia severa ou recorrente, ascite refratária, fadiga e fraqueza crônica, desnutrição progressiva, desenvolvimento da síndrome hepatorrenal, dentre outras.

Com a finalidade de qualificar e quantificar os pacientes de forma a caracterizá-los, e identificar o paciente certo para ser alocado para o transplante, quanto ao nível de comprometimento e ordenação na lista de espera para realizar o transplante, a OMS disponibiliza um instrumento padronizado e intitulado por critérios MELD (Model for End-stage Liver Disease) que entrou em vigor pela portaria MELD (2007), publicada no Diário Oficial (DO) de 31/05/2006, e dispõe sobre o regulamento técnico para distribuição de órgãos de doadores cadáveres para transplante de fígado de acordo com a gravidade do receptor.

Consoante esses critérios, pacientes e familiares são orientados sobre todos os procedimentos a que os pacientes serão submetidos, além de seus deveres para serem incluídos na lista e das normas que deverão ser cumpridas para sua manutenção e adequação ao programa de tratamento.

            Serão avaliados pelo Protocolo MELD adultos e adolescentes com idade igual ou maior de 12 anos. A ficha de inscrição desses pacientes, entre outros dados, deve conter indicadores que identifiquem os pacientes de uma maneira geral, como também a equipe transplantadora, o diagnóstico, segundo a Classificação da OMS, Classificação Internacional de Doenças (CID) 10 ou posterior, realização ou não de diálise e quantas vezes por semana, além de valores dos exames laboratoriais. O MELD é um valor numérico, variando de 6 (menor gravidade) a 40 (maior gravidade), sendo que o paciente que registrar valor 20 ou superior já pode ser considerado doente grave e um nível mais alto na fila de espera.

O valor MELD é calculado por uma fórmula a partir do resultado de três exames laboratoriais de rotina, ou seja:

  • Bilirrubina, que mede a eficiência do fígado excretar bile;
  • Creatinina, uma medida da função renal e
  • RNI - Relação Normalizada Internacional - uma medida da atividade da protombina, que mede a função do fígado com respeito a produção de fatores de coagulação.


O que é PELD?

PELD - Pediatric End-stage Liver Disease - é um valor numérico similar ao MELD mas aplicado para crianças com menos de 12 anos, mas leva em conta o resultado laboratoriais de exames diferentes, ou seja:
  • Bilirrubina, que mede a eficiência do fígado excretar bile;
  • Albumina, uma medida da habilidade do fígado em manter a nutrição e
  • RNI - Relação Normalizada Internacional - uma medida da atividade da protombina, que mede a função do fígado com respeito a produção de fatores de coagulação.
Os exames de laboratório para cálculo do MELD/PELD terão validade definida e devem ser renovados, no mínimo, na freqüência abaixo:
  • MELD até 10 - validade de doze meses, exame colhido nos últimos 30 dias;
  • MELD de 11 a 18 - validade de três meses, exame colhido nos últimos 14 dias;
  • MELD de 19 a 24 - validade de um mês, exame colhido nos últimos sete dias;
  • MELD maior que 25 - validade de sete dias, exame colhido nas últimas 48 horas;
  • PELD até 3 - validade de doze meses, exame colhido nos últimos 30 dias;
  • PELD superior a 3 até 6 validade de três meses, exame colhido nos últimos 14 dias;
  • PELD superior a 6 até 8 - validade de um mês, exame colhido nos últimos 7 dias; e
  • PELD superior a 8 - validade de sete dias, exame colhido nas últimas 48 horas.
Caso os exames não sejam renovados no período definido, o paciente receberá a menor pontuação desde sua inscrição, até que sejam enviados os novos exames. Caso o paciente não tenha uma pontuação menor, este receberá o valor de MELD 6 ou PELD 3, até que sejam enviados os novos exames.






Referencias:

SARAIVA, Cássio Diêgo A.; MARQUES, Ana Karina M.C., Avaliação das funções musculares e respiratórias em pacientes eletivos ao transplante hepático. Monografia. Curso de Fisioterapia. Fortaleza - CE, FANOR/DeVry Brasil, 2012. 62p.

MELD/PELD Disponível em: <http://www.adote.org.br/oque_meldpeld.htm> Acesso em 21 Ago 2012.

Americano de 15 anos cria exame de câncer mais barato e mais rápido que o tradicional


            O estudante americano de 15 anos Jack Andraka gosta de andar de caiaque e é fã da série de TV "Glee".

Mas além de estudar e de se dedicar aos passatempos tradicionais de um adolescente, ele desenvolveu um exame barato e rápido para detectar câncer em seus estágios iniciais em um dos mais conceituados laboratórios de câncer no mundo.

           
 O teste criado por Jack é 168 vezes mais rápido e 26 mil vezes menos caro que o teste padrão.

Ele agora realiza seus experimentos na renomada Johns Hopkins University, na cidade de Baltimore, nos Estados Unidos.



Fonte: OlharDireto.com




terça-feira, 14 de agosto de 2012

Breves considerações sobre a ASMA


   Embora a asma seja doença conhecida há muitos anos, ainda não há uma definição universalmente aceita. Uma tentativa é a do Consenso Internacional de asma de 1995:

    A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas na qual muitas células e elementos celulares desempenham um papel, em particular mastócitos, eosinófilos, linfócitos T, macrófagos, neutrófilos e células epiteliais. Em pessoas susceptíveis, esta inflamação causa episódios recorrentes de sibilos, falta de ar, aperto no peito e tosse, particularmente à noite ou de manhã cedo. Estes episódios são associados, normalmente, a obstrução difusa, porém variável ao fluxo aéreo, que freqüentemente é reversível quer espontaneamente ou com tratamento. A inflamação também causa aumento associado da resposta brônquica a uma variedade de estímulos.

    A asma é uma doença crônica e de caráter recorrente que acomete as vias aéreas tornando-as hiperirritáveis e hipersensíveis. Mais do que uma simples doença, a asma é uma reação das vias aéreas à lesão causada por diversos agentes. A mucosa respiratória, uma vez agredida por um agente (poluição, cigarro, alérgenos, etc.) envia um sinal para medula óssea para que esta produza células especiais de defesa. A medula óssea interpreta este sinal como se o aparelho respiratório estivesse sendo invadido por parasitas e manda células especiais que provocarão um processo inflamatório nas vias aéreas (brônquios). Este processo inflamatório é o responsável pelos sintomas da asma. Ele ocasiona edema (inchaço) da parede interna dos brônquios e diminuição de luz dificultando a passagem do ar. Os músculos que circundam os brônquios ficam hipersensíveis contraindo-se a qualquer estímulo. A contração destes músculos (bronco espasmo) pode acentuar ainda mais a obstrução dos brônquios.


    Ela pode afetar qualquer pessoa, mas tem maior prevalência em bebês, crianças e jovens. A asma caracteriza-se por Dificuldade em respirar, falta de ar, Sensação de que o ar não chega até aos pulmões, Ruído ao respirar (chiado), Ansiedade e "aperto no peito". Às vezes, a pessoa que sofre da doença pode apresentar somente tosse, os sintomas, em alguns casos, aparecem exclusivamente quando o indivíduo faz algum exercício físico ou até mesmo quando ri muito. Os sintomas da asma podem aparecer a qualquer horário do dia, de preferência à noite, a madrugada ou no início da manhã. Conforme a situação, os asmáticos podem levar uma vida absolutamente normal a maior parte do tempo, só apresentando sintomas em crises agudas nos meses mais frios do ano ou quando têm alguma infecção respiratória (resfriados ou gripes), por esse motivo é recomendado o uso de vacinas contra gripe para os pacientes com asma. Uma vez evitada à infecção respiratória, pode-se evitar algumas das crises de asma.

   Em algumas pessoas os sintomas podem ser contínuos, com grande limitação de suas atividades até mesmo para esforços mínimos. Em outros casos, as crises ocorrem somente após a exposição a uma determinada substância ou fator desencadeante. A gravidade da doença, portanto, não é a mesma em todos os pacientes e as crises também têm graduações diferentes. É importante lembrar que, a ausência de sintomas não significa que o asmático esteja sem a presença de obstrução ou inflamação em seus brônquios. A presença de infecção respiratória (resfriado, gripe, sinusite ou pneumonia), mesmo em um asmático bem tratado, pode aumentar a inflamação dos brônquios e provocar o reaparecimento dos sintomas.

   Na crise de asma as vias aéreas ficam parcialmente obstruídas dificultando a livre passagem do ar. Para conseguir movimentar o ar pelos brônquios estreitados, a criança precisa fazer um grande esforço respiratório, que leva a um quadro de canseira e falta de ar. Esta obstrução é causada por três fatores:

  • Os músculos que circundam a parede do brônquio se contraem;
  • A parede do brônquio inflama e incha;
  • Uma quantidade excessiva de muco espesso é produzida.
    Em crianças de até três anos de idade, as infecções virais de vias aéreas superiores (resfriados, gripes e infecções de garganta) são fatores desencadeantes mais frequentes. A alergia tem um papel importante na criança maior. Entre alérgenos mais comuns podemos citar: o pó doméstico (ácaros), fungos (bolor), penas, pelos e descamações de animais de estimação, piretro (substância contida em inseticidas e ceras), lã, paina, capim e pólen de plantas. As substâncias irritantes de vias aéreas também são nocivas: poluição, fumaça desinfetantes, perfumes, produtos de limpeza e em especial a fumaça de cigarro são fatores que podem desencadear a crise asmática, como também fatores emocionais podem agir como desencadeadores ou agravantes dos sintomas. É comum os pais referirem que seus filhos pioram em épocas de provas, situações de estresse e problemas familiares.


   Algumas alterações torácicas e posturais são causadas pela asma, pois a mecânica respiratória é importante e as alterações respiratórias, segundo sua origem, podem modificar essa mecânica e/ou funcionamento fisiológico do pulmão. Por sua vez, as alterações torácicas podem ser causadas pelas alterações nessa mecânica, dependendo da gravidade, podem significar uma diminuição nas capacidades respiratórias.

  Assim, problema de ordem respiratória predispõe o organismo a doenças e deformidades. As alterações respiratórias podem refletir diretamente na forma do tórax. Podem provocar deformidades em decorrência, por exemplo, da ausência de ar em determinadas áreas pulmonares causadas por obstrução das vias aéreas, o que leva a retração das costelas. Devido a sua forma e elasticidade, necessárias para sua função, o tórax é facilmente deformável, isto explica porque as deformidades torácicas são mais frequentes. As doenças pulmonares obstrutivas provocam hiperinsuflação pulmonar aguda durante a crise asmática, mas que pode se tornar crônica. A repetividade das crises com o aumento de volume residual vai dando ao tórax a característica do padrão respiratório assumido.


   As alterações do tronco também são as causas de alterações na mecânica respiratória. Essas alterações, segundo sua origem, podem modificar a mecânica respiratória e/ou funcionamento fisiológico do pulmão. A ventilação pulmonar depende da elasticidade pulmonar e amplitude dos movimentos torácicos. O aumento do volume da caixa torácica se deve, em grande parte, ao movimento do diafragma que promove expansão do tórax em todos os sentidos. Essa expansibilidade é proporcional à amplitude do movimento de elevação das costelas e esta amplitude, por sua vez, depende da posição da coluna vertebral. A melhor expansão se obtém quando a costela atinge o mesmo plano da vértebra na qual está articulada, o que não acontece nas alterações posturais como escoliose e cifose. Assim, a mecânica de funcionamento do tórax é importante por depender em grande parte desse ato mecânico. Neste sentido, as atividades físicas devem ser orientadas para prevenir ou evitar o agravamento dos desvios posturais já instalados.

   Um fator limitante para as atividades físicas do asmático é a rigidez torácica. Neste sentido, são recomendados exercícios de desbloqueio torácico para ganho de ADM com o objetivo de aumentar a mobilidade costovertebral. O desbloqueio torácico deve ser anterior ao trabalho de ginástica respiratória, devido à importância dos movimentos articulares durante a respiração

   Por sua vez, os exercícios respiratórios têm por objetivo melhorar as funções ventilatórias e respiratórias além de evitar o aumento do volume residual. Estes exercícios são indicados também para promover suporte psicológico e diminuição da ansiedade. Para alcançar esta meta é necessária a conscientização dos movimentos musculares durante a inspiração e a expiração, ou seja, reeducação respiratória, com ênfase no trabalho abdomino-diafragmático.

   Considerando que as alterações posturais interferem e modificam a mecânica respiratória e que por outro lado às alterações respiratórias interferem e modificam a postura temos na asma um ciclo vicioso com sobreposição de efeitos danosos. Assim, torna-se evidente e necessário um trabalho com exercícios posturais. Este trabalho é baseado na tomada de consciência sobre o controle, manutenção e mudança das posturas corporais. Paralelamente, é preciso dar condições à musculatura para assumir atitudes provavelmente novas. Atingir estes objetivos depende de exercícios de percepção corporal (proprioceptivos), alongamentos, fortalecimento de grupos musculares responsáveis pela manutenção da postura (paravertebrais, abdominais e glúteos) e relaxamentos.

   A asma brônquica é uma doença extremamente variável e seu tratamento deve ser adaptado às necessidades individuais de cada paciente. A finalidade principal do tratamento do paciente asmático é permitir que possa ter uma rotina de vida mais próximo do normal, com total ou quase total integração às atividades desenvolvidas para sua faixa etária.

Como Tratar a ASMA:


   No tratamento medidas farmacológicas e não farmacológicas são recomendadas
   O tratamento da asma consiste no uso do broncodilatador durante a crise. Mas é muito importante que o paciente saiba o que causa as crises e evitar estes mecanismos.
   A maior parte dos asmáticos tem alergia a pêlos de animais e poeira doméstica, por isso recomenda-se não ter animais que tenham pêlos ou penas dentro de casa e ter a casa sempre limpa, sem tapetes ou cortinas.
   Os medicamentos devem ser receitados pelo médico e devem ser utilizados em tempos de crise, na dose recomendada, pois usá-lo demasiadamente pode diminuir a sua eficácia.
   Existem também vacinas que podem ser utilizadas quando é determinado o agente que provoca a alergia que faz com que o tratamento para a asma seja mais eficaz.
   Os medicamentos disponíveis para o tratamento da asma podem ser divididos em duas categorias:

  • Aqueles utilizados para aliviar os sintomas , quando ocorrem, e
  • Aqueles utilizados para preveni-los e necessitam ser usados regularmente.
   A aminofilina e os corticosteróides podem ser utilizados nas duas situações.

   As estratégias não farmacológicas, que poderíamos chamar de preventivas, incluem atividades físicas (a 50% do VO2 máx previsto para a idade), não realizar atividades em ambientes agressivos (poluição, presença de alérgenos, umidade, temperatura), evitar atividades mais asmagênicas (corrida por exemplo) e restrição alimentar (tipo do alimento e tempo de ingestão antes do exercício)

   As atividades físicas (motoras) são importantes para a saúde física e mental, tanto da criança e adolescente como do adulto. São essenciais para as crianças, pois proporcionam as experiências básicas de movimento, importantes no seu desenvolvimento. Proporcionam oportunidades de relacionamentos, pois é através das atividades físicas que as crianças relacionam-se entre si, seja no brincar ou no engajamento em atividades esportivas, fato que vai prevenir o isolamento psicológico/social e melhorar a autoimagem e autoconfiança.

   Na adolescência, onde geralmente as atividades esportivas são mais intensas e competitivas, o asmático muitas vezes sente-se preferido e menos capaz. Esse comportamento acaba por levá-lo a evitar atividades físicas/esportivas e assim torna-se realmente menos apto, por falta de prática e não por incapacidade física.

    Na idade adulta as atividades visam manter as capacidades físicas (força, elasticidade, mobilidade) a função cardiopulmonar, a mobilidade torácica e consequentemente uma adequada mecânica respiratória. A melhoria da capacidade aeróbia, diminuição dos depósitos de gorduras e proteção contra o estresse também são importantes ganhos.

    Algumas pesquisas relatam que os exercícios físicos são provocadores de broncoespasmos em 80% a 90% dos asmáticos. Porém, nem todas as atividades físicas geram este tipo de reação. Diferentes exercícios, em diferentes intensidades provocam diferentes magnitudes de crises.

    Os exercícios podem ser classificados em mais asmagênicos (mais provocadores de crises), como a corrida, e menos asmagênicos como a natação, por exemplo.
 

   O bronco espasmo induzido pelo exercício é caracterizado por uma queda de 10% a 15% no fluxo expiratório máximo. Ocorre com a duração do exercício entre seis a oito minutos e intensidade de trabalho de aproximadamente dois terços do consumo máximo de oxigênio (freqüência cardíaca de 170 a 180/min. para crianças). A resposta ao exercício aparece alguns minutos depois de cessado o esforço e se reverte após aproximadamente, 60 minutos. Na maioria dos indivíduos, este bronco espasmo consiste em uma única crise de rápido início e recuperação. Alguns podem desenvolver uma reação tardia (quatro a dez horas após o exercício).

   A melhora da condição física do asmático permite-lhe suportar com mais tranquilidade os agravos da saúde, pois aumenta sua resistência fornecendo-lhe reservas para enfrentar as crises obstrutivas. A participação regular em programas de atividades físicas pode aumentar a tolerância ao exercício e a capacidade de trabalho, com menor desconforto e redução de bronco espasmo. A orientação adequada possui ainda uma série de benefícios, entre eles melhora da mecânica respiratória, prevenção e correção de alterações posturais, melhora da condição física geral e prevenção de outras complicações pulmonares. Para isso são necessárias orientações quanto ao tipo e intensidade das atividades físicas para se evitar o bronco espasmo induzido pelo exercício (BIE). O BIE é um fenômeno que atinge a maioria dos asmáticos e é um fator limitante nas atividades físicas e sociais. Durante uma crise asmática deve-se:

  1. Diminuir o ritmo da atividade.
  2. Estimular a respiração diafragmática com freno labial (inspiração nasal com expiração oral, e lábios semicerrados).
  3. Manter-se sentado e reclinado para frente ou recostado para trás.
  4. Utilizar a medicação broncodilatadora.
   As atividades físicas adaptadas por si só, não constituem no tratamento da asma. Não dispensa a medicação, os cuidados com o ambiente e a orientação psicoterápica, pelo contrário, uma criança cuja doença está mal controlada não é capaz de acompanhar e se beneficiar de um programa de exercícios físicos.

    A melhora na condição física do asmático é conseqüência do aumento da sua resistência cardiorrespiratória, o que lhe permite suportar melhor os agravos da saúde, ou seja, fornece-lhe reservas para enfrentar as crises obstrutivas. A participação regular em programas de atividades físicas pode aumentar a tolerância ao exercício e a capacidade de trabalho com menor desconforto e broncoespasmo. Aumento de apetite, melhora do sono, diminuição do uso de drogas e sensação de bem estar também são fatores associados à melhora da condição física.

   Relativo ao tratamento fisioterapêutico existem duas fases de tratamento: Durante a crise asmática e o Período Inter-crise.

 -  Durante a crise Asmática

   O doente apresenta-se muito ansioso, tenso e angustiado, tórax bloqueado em posição inspiratória, respiração rápida, descontrolada, predominantemente costal superior, à custa dos músculos acessórios da inspiração, queixas de “falta de ar” e “chiadeira” no peito, sensação de “aperto no peito”.
Principais objetivos
§  Diminuir a inflamação;
§  Alívio do broncoespasmo;
§  Controle da respiração.

 Tratamento

§  Administração de broncodilatadores e antiinflamatórios (coloca-se o paciente numa posição de relaxamento, de maior conforto para si);
§  Tentativa de combater a ansiedade, procurando obter uma descontração progressiva da parte superior do tórax, cintura escapular e ombros, encorajando uma respiração abdomino-diafragmática.

   Durante a crise não se deve tentar modificar o ritmo respiratório ou aplicar técnicas para expectorar, pois existe o perigo de agravar o broncoespasmo. Imediatamente após a crise, quando há melhoria do broncoespasmo e a tosse começa a ser produtiva, deve-se:
§  Insistir no controle da respiração, diminuindo a frequência e prolongando o tempo expiratório;
§  Facilitar a eliminação de secreções;
§  Massagem de relaxamento (cervical e cintura escapular).


 - Período Inter-crise

Objetivos e Tratamento
§  Aquisição de controle da respiração e preparação do paciente para uma eventual crise.
§  Ensino de posições de descanso a adotar durante a crise;
§  Reeducação respiratória funcional;
§  Exercícios costais e abdomino-diafragmáticos seletivos;
§  Exercícios respiratórios globais.

§  Correção de assinergias e defeitos ventilatórios.
§  RFR;
§  Exercícios costais e abdomino-diafragmáticos seletivos e globais

§  Drenagem de secreções (se necessário)

§  Prevenir rigidez e deformações torácicas
§  Relaxamento da cintura escapular
§  Alongamentos musculares;
§  Flexibilização costal (com maior incidência no sentido expiratório)

§  Ensinar o paciente a inspirar pelo nariz e a respiração abdomino-diafragmática dirigida para aplicar durante a crise

§  Reeducação ao esforço
§  Tentar aumentar progressivamente a tolerância ao exercício

§  Evitar a super-proteção dos pais das crianças com asma

§  Conselhos ao paciente em caso de crise.

   Um estudo preliminar realizado pela Universidade de Aberdeen, na Escócia, mostra que exercícios respiratórios podem melhorar a qualidade de vida dos asmáticos. Embora a avaliação tenha sido feita com adultos, especialista brasileira afirma que eles também são importantes para as crianças. Os exercícios, aliados ao tratamento de controle da alergia, que é uma inflamação dos brônquios, ajudam a diminuir possíveis crises. 

   Segundo Eliane Alfani, pediatra e pneumologista infantil do Hospital São Luiz (SP), a partir dos cinco anos os exercícios físicos já são importantes para ajudar a fortalecer a musculatura respiratória. Natação e atividades com bola estão entre eles. "Com o tempo, é possível, inclusive, que a dosagem da medicação seja reduzida por conta da atividade", diz. 

   Para que os exercícios físicos sejam benéficos, a criança não pode estar em crise, uma vez que o quadro de asma pode se agravar ainda mais com o esforço. "Se a criança não estiver muito bem naquele momento, ela não vai conseguir fazer o exercício, porque está com a capacidade pulmonar reduzida, e os sintomas podem piorar", afirma Alfani.

 Nem mesmo aquelas crianças que têm a asma desencadeada pelo esforço físico devem abandonar a atividade. "Esse tipo de alergia pode ser inibida com os medicamentos, para que a criança não precise parar com os exercícios, o que só melhora sua qualidade de vida", finaliza a pneumologista. 



Referências:

Asma e os benefícios da atividade física. Disponível em: <http://pneumologia.facafisioterapia.net> acesso em: 14 Ago 2012

Exercícios respiratórios ajudam quem tem asma. Disponível em: <http://pneumologia.facafisioterapia.net> acesso em: 14 Ago 2012

Fisioterapia. Disponível em: <http://www.asmabronquica.com> acesso em: 14 Ago 2012