Segundo pesquisadores, falta de atividade física já pode ser considerada uma pandemia mundial
Sedentarismo é doença
O sedentarismo como fator de risco
secundário para doenças é estudado cientificamente desde 19560, mas somente em
1992 foi reconhecido como risco primário, ou a possível causa principal de
doenças cardiovasculares e de mortes.
Em 2002, a OMS (Organização Mundial da
Saúde) definiu o sedentarismo como uma doença em si. A definição foi baseada em
diversos fatos. Primeiro, as evidências científicas de que o sedentarismo
aumenta significativamente o risco de doenças crônicas não-transmissíveis,
incluindo as doenças cardiovasculares, o diabetes, a obesidade e certos tipos
de câncer.
Além disso, levou-se em conta que o
sedentarismo é muito comum, tão ou mais prevalente quanto outros fatores de
risco, como hábitos alimentares e tabagismo, e está crescendo no mundo todo.
Finalmente, há indicação de que os efeitos
do sedentarismo na a saúde podem ser eliminados ou bastante minimizados com a
prática moderada de atividades físicas simples, praticamente sem impacto
econômico para os indivíduos e para a sociedade.
QUEM É SEDENTÁRIO:
Embora a maioria das pessoas associe o
sedentarismo à ausência de atividades esportivas, a medicina define como
sedentária a pessoa que gasta poucas calorias por semana com atividades
ocupacionais, que podem ser a faxina da casa, a ida a pé ao trabalho etc. O
sedentário não consegue gastar o mínimo de 2.200 calorias por semana em
atividades físicas.
Embora a realização de atividades físicas
no dia a dia já represente uma melhora no quadro de sedentarismo, a OMS
recomenda a realização de exercícios de intensidade moderada (como a caminhada
vigorosa) durante 60 minutos por dia. Essa prática permite a manutenção de um
peso saudável, previne a obesidade e traz maiores benefícios à saúde em geral.
COMBATENDO O SEDENTARISMO
Os primeiros passos para deixar de ser
sedentário podem ser pequenas mudanças na rotina diária que incluam o trabalho
físico na realização de atividades corriqueiras. Subir dois ou três andares de
escada em vez de usar o elevador, ir a pé ao trabalho ou, se não for possível,
estacionar o carro mais longe para fazer uma pequena caminhada são um bom
começo. Parece pouco, mas estudos mostram que, mesmo que as atividades não
sejam feitas de forma contínua, acumular pelo menos 30 minutos de trabalho
físico por dia já tem efeito na qualidade de vida e na prevenção de doenças.
Para obter maiores benefícios à saúde, o
ideal é começar a praticar exercícios de intensidade moderada durante 40 a 60
minutos, de três a cinco vezes por semana. Caminhar, correr, nadar ou jogar
bola são bons exemplos desse tipo de atividade. O mais importante é encontrar
uma atividade que seja feita com prazer. Se o exercício é visto apenas como uma
obrigação penosa, será difícil manter a constância na atividade, e isso é fundamental
para que os benefícios sejam obtidos.
CUIDADOS
É recomendável procurar o médico para
iniciar uma atividade física regular se a pessoa leva uma vida sedentária há
muito tempo. No caso de cardiopatas, diabéticos, hipertensos e portadores de
doenças vasculares, é fundamental procurar o especialista e fazer os exames
indicados.
Para esses indivíduos, o exercício físico
é importante e considerado parte do tratamento, mas ele deve ser iniciado com
supervisão e com controle médico.
O sedentarismo pode ser tão letal quanto o
tabagismo. Segundo um estudo publicado nesta quarta-feira na revista médica The Lancet, a falta de atividade física foi
responsável por 5,3 milhões das 57 milhões de mortes registradas no mundo em
2008. O cigarro, por sua vez, leva cerca de cinco milhões de indivíduos a óbito
todos os anos, apontam os pesquisadores.
Tais números, de acordo com o relatório,
fazem com que o sedentarismo possa ser classificado como uma pandemia. Esse
trabalho faz parte de uma série de artigos que o periódico vem divulgando sobre
exercícios físicos, aproveitando a proximidade da Olimpíada
de 2012, que começa na próxima semana em Londres.
PESQUISA
A pesquisa considerou inatividade física
como a prática de menos do que 150 minutos de atividade física moderada
(caminhada rápida, por exemplo) ou menos do que 60 minutos de exercícios
intensos (como corrida) por semana. Segundo os dados, esse quadro atinge um
terço da população mundial adulta (maior do que 15 anos), e é ainda mais
prevalente entre os adolescentes: quatro em cinco jovens de 13 a 15 anos não
atingem os níveis mínimos de atividade física. O sedentarismo se torna mais
comum conforme as pessoas ficam mais velhas e atinge mais mulheres do que
homens e pessoas de países risco.
Esse estudo foi desenvolvido por uma
equipe de pesquisadores das universidades de Harvard e da Carolina do Sul,
ambas nos Estados Unidos, do Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC,
sigla em inglês), órgão de saúde americano, e do Instituto Nacional para Saúde
e Bem-Estar da Finlândia. Para os autores, um dos grandes responsáveis
pela inatividade física no mundo são os meios de transportes motorizados, que
acabam aumentando o número de horas em que um indivíduo permanece sentado
durante o dia.
No artigo, eles reforçam a importância de
as autoridades dos países promoverem a atividade física entre a população,
ampliarem o acesso das pessoas a espaços públicos onde elas possam exercitar-se
e garantirem a segurança de pedestres e ciclistas. Segundo estimativas dos
pesquisadores, aumentar os níveis de atividade física entre a população mundial
em 10% poderia evitar mais de 500.000 mortes em todo o mundo ao ano.
Fator de risco — De acordo com a Organização Mundial
da Saúde (OMS), a inatividade física é o quarto maior fator de risco para
doenças crônicas, ficando atrás somente da hipertensão, do tabagismo e do
colesterol alto. A pesquisa publicada na revista The Lancet mostrou que o
sedentarismo causa 6% dos casos de doença cardíaca coronariana, 7% de diabetes
tipo 2 e 10% dos casos de cânceres de mama e cólon.
Fonte: Veja
caracaosaudavel.com
BOa noite!!!
ResponderExcluirMuito boa sua publicação, realmente nos dias de hoje o ser humano tem que começar a pensar um pouco a realizar atividades físicas.... porque apesar tudo somos o futuro de amanhã, ou melhor somos o futuro cansado....
Sou Fisioterapeuta e me interessei pelo estudo que fizeram. Teria como vc me mandar o link da publicação da revista The Lamcet por e-mail?
E-mail: ju.mada0411@yahoo.com.br
Obrigada e parabéns
Juliana M. S. Paschoal
Obrigado,estarei enviando o link ainda estes dias, continue participando do nosso blog.
Excluirabraços, que DEUS abençoe!