O que é
Narcolepsia é uma condição neurológica caracterizada
por episódios irresistíveis de sono e em geral distúrbio do sono. É
um tipo de dissonia.
O
sintoma mais expressivo é a "preguiça" e sonolência diurna excessiva,
que deixa o paciente em perigo durante a realização de tarefas comuns, como
conduzir, operar certos tipos de máquinas e outras ações que exigem
concentração. Isso faz com que a pessoa passe a apresentar dificuldades no
trabalho, na escola e, até mesmo, em casa. Os ataques de sono podem
ocorrer a qualquer momento e em situações inusitadas: em pé dentro de um
ônibus, durante a consulta médica, dirigindo o automóvel, ou operando máquinas,
por exemplo.
Na maioria dos casos, o problema é seguido de incompreensão
familiar, de amigos e patrões. A sonolência, geralmente, é confundida com uma
situação normal, o que leva a uma dificuldade de diagnóstico. É comum
portadores da narcolepsia passarem a vida inteira sem se darem conta que o seu
quadro é motivado por uma doença, sendo tachados por todo esse tempo de
preguiçosos e dorminhocos. No entanto, se o narcoléptico procurar ajuda especializada,
vai descobrir que é vítima de um mal crônico, cujo tratamento é feito por meio
de estimulantes e que se pode prolongar por toda a vida.
As manifestações da
narcolepsia, principiando pela sonolência diurna excessiva, começam geralmente
na adolescência, quando piora, leva à procura médica à medida que os
sintomas se agravam. A narcolepsia é um dos distúrbios do sono que pode
trazer consequências individuais, sociais e econômicas graves.
O
sono normal começa com o desligamento do controle muscular. Nessa fase, é um
sono de ondas lentas. Cerca de hora e meia depois, a pessoa entra na fase do
sono REM, na qual a atividade do cérebro é intensa e os olhos se movimentam. Os
portadores de narcolepsia saltam a etapa do sono de ondas lentas e entram
direto, subitamente, na de sono REM.
Causas
Fatores
genéticos estão envolvidos na narcolepsia, que é causada por alteração no
equilíbrio existente entre algumas substâncias químicas (neurotransmissores) do
cérebro, responsáveis pelo aparecimento do sono REM em horas inadequadas.
Em geral, o distúrbio está associado a um alelo ligado ao
complexo maior de histocompatibilidade, ou seja, a uma proteína relacionada com
a sonolência excessiva durante o dia. A causa da
narcolepsia é o déficit do neurotransmissor denominado orexina no hipotálamo. O déficit deste
neurotransmissor estimulante leva à sonolência excessiva.
A
cataplexia, isto é, a perda súbita e reversível da força muscular durante a
vigília, é o único sintoma exclusivo da narcolepsia. Os outros são: sonolência
diurna excessiva, anormalidades do sono REM, paralisia muscular e alucinações
hipnagógicas.
CataplexiaConsiste numa súbita falta de força sem perda dos sentidos, nem da memória, e é muitas vezes provocada por estímulos emocionais agradáveis e geralmente está associada a Narcolepsia.A duração é breve e a falta de força pode ser total (a pessoa cai ao chão) ou parcial (cai apenas o queixo ou a cabeça; os joelhos dobram-se; as mãos podem deixar cair objetos).
- Exemplos de circunstâncias desencadeantes:
Emoção, stress, fadiga, refeições pesadas, surpresa, riso, medo, ouvir música e ver um filme.
A cataplexia pode ter consequências sérias e provocar acidentes durante as atividades diárias.
Como se diagnóstica
- O diagnóstico implica:
- Um quadro clínico
compatível
- Exames auxiliares
positivos
- Teste de latência
múltipla do sono
- Mostrar sonolência
excessiva (lat < 8 min; 8-10 ?)e adormecimentos iniciados por sono REM
(latência < 15 min)
- Polissonografia
noturna
- Há insónia e diminuição
da latência do REM
- Tipagem HLA
- Há uma associação forte
com os haplotipos HLA-DR2- DQb106
- Polissonografia
ambulatória 24 a 36h
A polissonografia e o teste de latências múltiplas são dois
exames de laboratório importantes que ajudam a estabelecer o diagnóstico da
narcolepsia, que é diferencial, porque considera as características de outros
distúrbios do sono, como a apneia e a insônia, por exemplo.
Prevalência
e sintomas
A narcolepsia
é uma doença pouco frequente (atinge 0.03-0.16% da população geral)
História
familiar : 8% das narcolepsias são familiares e cerca de 10-40% dos familiares
em 1º grau podem estar atingidos
- Caracteriza-se por:
- Sonolência
excessiva
- Cataplexia
- Alucinações
hipnagógicas
- Paralisia
do sono
- Outros
sintomas e problemas
Prognóstico
- Doença
incapacitante
- Perda de
emprego
- Reforma
precoce
- Rejeição
social e familiar
Tratamento
A pessoa com narcolepsia pode apresentar vários episódios de
sono irresistível durante o dia. Se tiver a oportunidade de tirar um cochilo
quando isso acontecer, provavelmente acordará mais disposta, porque esses
cochilos costumam ser reparadores.
Os tratamentos da sonolência excessiva e da cataplexia são
diferentes, mas os remédios indicados para um caso podem melhorar também o
outro.
Uma substância nova chamada motofanil, além da vantagem de não
provocar efeitos colaterais importantes sobre o sistema cardiovascular, tem-se
mostrado eficaz para deixar a pessoa mais alerta. Já os antidepressivos agem
melhor sobre a cataplexia. Às vezes, a solução terapêutica é combinar doses
menores das duas classes de medicamentos (estimulantes e antidepressivos).
O maior obstáculo ao
tratamento é o atraso no diagnóstico. Em 500 doentes nos EUA
o atraso no diagnóstico foi de 15 anos, o que normalmente acarreta depressão. A narcolepsia causa grandes implicações para a família e os empregadores.
Referências:
VARELLA, Drauzio. Narcolepsia, Disponível em:
http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/narcolepsia/ . Acesso em 26 Julho 2012.
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