domingo, 15 de abril de 2012

Sono irregular aumenta risco de obesidade e diabetes


Má notícia para quem dorme pouco ou em horários irregulares. Uma nova pesquisa indica que a falta de sono ou padrões de sono que contrariam o relógio biológico humano podem aumentar o risco de desenvolver diabetes e obesidade. O estudo, feito por cientistas da Harvard Medical School e do Brigham and Women’s Hospital, nos Estados Unidos, foi publicado semana passada na revista Science Translational Medicine.
 Os pesquisadores avaliaram 21 voluntários saudáveis em um ambiente controlado durante seis semanas. Foram regulados fatores como horas de sono, em que período do dia os participantes dormiam, dieta e outras atividades. A ideia foi simular situações que levam ao sono irregular, como turnos de trabalho alternados (diurno e noturno) ou jet lag recorrente.
Inicialmente, os participantes dormiram cerca de dez horas por noite. Em seguida, passaram três semanas com média de 5,6 horas dormidas a cada 24 horas, com períodos de sono alternados, de modo a simular trocas de turno. Para terminar, os voluntários passaram os últimos nove dias da pesquisa dormindo períodos normais e à noite.
Os cientistas observaram que a interrupção prolongada do sono normal e do ritmo circadiano afetou a produção de insulina nos voluntários da pesquisa, levando ao aumento de glicose no sangue. Em alguns casos, a elevação atingiu níveis considerados pré-diabéticos.
Os participantes também apresentaram importante queda em suas taxas metabólicas, que, segundo os autores do estudo, pode ser traduzida em um ganho de peso superior a 4,5 quilos por ano.
A boa notícia é que o estudo verificou que os efeitos danosos puderam ser revertidos em grande parte com a volta do sono para padrões normais. Os pesquisadores ressaltam que os voluntários não se exercitaram durante o período do estudo e pretendem avaliar no futuro interações entre sono, dieta e exercícios. (Agência Fapesp)
Distúrbios do sono
Insônia - é a dificuldade de dormir, podendo se apresentar antes (dificuldade para adormecer), durante (despertar por várias vezes à noite) ou no fim do sono (quando acorda antes do tempo). Fatores ambientais podem contribuir, mas também pode ser originários de outras doenças, como depressão e fibromialgia.
Apneia - o paciente acorda superficialmente para respirar por até centenas de vezes durante o sono. Muitas vezes, as pessoas acometidas nem sempre tem consciência dele. É o parceiro quem costuma ficar incomodado com o ronco e ruídos respiratórios. A apneia é provocada pela obstrução das vias aéreas. A obesidade também pode influenciar. Geralmente, acomete mais homens.
 
Narcolepsia - são ataques súbitos, inevitáveis e inadequados de sono. As crises são desencadeadas quando o cérebro, por engano, avisa que é hora de dormir, apesar de não ser noite e nem estar na cama. Desta forma o paciente adormece nas horas e locais mais impróprios. A narcolepsia é uma disfunção genética neurológica crônica, devido a não produção em quantidade suficiente o neurotransmissor estimulante.
Síndrome das Pernas Inquietas - é caracterizado por um impulso incontrolável de mover os pés. Esses movimentos involuntários prejudicam o sono e provocam queimação, desconforto, câimbras e coceiras.
 
Pesquisa com 22 mil pessoas em 11 cidades brasileiras mostrou que:
30% roncam demais
20% tem pesadelos e sono agitado
19% sofrem insônia
4% tem apneia do sono

12% dois ou mais sintomas

Fonte: O povo

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