terça-feira, 27 de novembro de 2012

FATORES RELACIONADOS À CIRURGIA CARDÍACA QUE INTERFEREM NA FUNÇÃO RESPIRATÓRIA


Circulação extracorpórea



Apesar de ser uma ferramenta clínica muito útil, a CEC apresenta algumas limitações fisiológicas, riscos e efeitos potencialmente deletérios. Muitas vezes, ela é combinada com hipotermia sistêmica, que permite um período transitório, curto e seguro, de perfusão com baixo fluxo, para melhorar a visibilidade ou, para oferecer um período breve de parada circulatória segura, se necessário.

Os componentes básicos da CEC incluem um reservatório venoso que oferece a sifonagem adequada do sangue pela gravidade, o armazenamento do volume e o escape de bolhas de ar retornando com o sangue venoso. Outro componente é o oxigenador, que oferece oxigênio ao sangue e permite a eliminação do dióxido de carbono. Um trocador de calor eficiente é utilizado para controlar a temperatura do perfusato e para obter o resfriamento e o aquecimento sistêmicos durante a CEC. A bomba arterial pode ser do tipo rolete (fluxo contínuo, não pulsátil, trabalha de maneira semi-oclusiva para evitar traumatismo em demasia dos elementos figurados do sangue) ou do tipo centrífuga (fluxo contínuo, menos traumatismos, no entanto, não se pode calcular o débito cardíaco por rotações por minuto, sendo necessário um medidor que oferece um risco de oclusão total da linha arterial).

Denomina-se perfusato todo o diluente usado no preenchimento do circuito de CEC, para que não permaneça qualquer porção de ar no sistema. Sua composição é de uma solução salina balanceada e pode variar por conta da adição ou não de sangue, concentrado de hemácias, albumina, plasma humano, entre outros, devendo ter pH próximo ao normal e concentração iônica semelhante à do plasma.

Durante a CEC deve-se observar o valor de hematócrito durante as variações térmicas de hipotermia e posteriormente de reaquecimento, que terá como conseqüentes variações da concentração de oxigênio e conseqüente viscosidade e velocidade do fluxo sanguíneo. Já a concentração de albumina no volume circulante, bem como a concentração de hemoglobina é alterada pela hemodiluição. Entretanto, durante a CEC, a permeabilidade capilar às macromoléculas está aumentada e parte da albumina administrada no perfusato pode migrar para o espaço extravascular.

Durante a CEC, variáveis fisiológicas como fluxo sangüíneo sistêmico ou débito cardíaco, pressão venosa sistêmica, pressões intracavitárias cardíacas, hematócrito e composição química do perfusato inicial, temperatura do perfusato e do paciente, estão diretamente sob controle externo.

A resistência vascular sistêmica, consumo total de oxigênio, mistura ou shunt arteriovenoso, pH e acidemia láctica, fluxo sangüíneo regional e função orgânica regional são controlados, em parte, externamente, mas em grande parte controlada pelo paciente. A anticoagulação se faz necessária devido a grande exposição do sangue em superfícies não endoteliais e ao ar ambiente.

O oxigenador é a parte do sistema responsável pelas trocas gasosas e pelas reações desencadeadas pelo organismo. A troca ocorre diretamente através de uma interface sangue-gás nos chamados oxigenadores de bolha. Nos oxigenadores de membrana, onde essa troca ocorre de maneira mais fisiológica e menos traumática, é através de membranas semipermeáveis em forma de fibras ocas com microporos.

A pressão de oxigênio é mantida em torno de 300mmHg com os oxigenadores e considerada ideal. Acima deste valor poderia ocorrer embolia aérea e o contrário, hipóxia tecidual e acidemia. Há uma relação entre a temperatura do paciente e o consumo total de oxigênio, onde uma redução de temperatura do paciente reduz o consumo de oxigênio e aumenta a pressão parcial de oxigênio. A pressão do dióxido de carbono arterial é controlável durante o desvio cardiopulmonar, variando de acordo com fluxo de gás e de sangue no oxigenador.

Resposta inflamatória

            Quando o fluxo sangüíneo é desviado temporariamente para o sistema de CEC, a maioria, se não todos os processos fisiológicos do organismo são afetados. No momento em que o sangue passa a circular em contato com superfícies não endotelizadas, ou seja, superfícies estranhas, componentes da resposta inflamatória, humorais e celulares, são ativadas agudamente e, provavelmente, a resposta imunológica específica mais lenta também. A resposta endócrina-metabólica também ocorre de maneira mais acentuada.

A resposta inflamatória desencadeada pela CEC é um fenômeno complexo e corresponde a vários processos iniciados com a resposta humoral, através da ativação de algumas proteínas plasmáticas. Parte da cascata de coagulação, sistema complemento, sistema calicreína-bradicinina e sistema fibrinolítico são ativados apesar do emprego da heparinização e, o evento inicial de todos os processos, parece ser a ativação do fator XII (fator Hageman).

Os leucócitos polimorfonucleares são os grandes representantes da resposta celular. Os neutrófilos e outros mediadores migram em direção às áreas de maior concentração de complemento e durante a CEC migram para o sangue, secretando citocinas, incluindo radicais livres.  Durante a CEC as plaquetas também são ativadas, provavelmente, pela sua exposição e de numerosos receptores de membrana às superfícies não endoteliais. A ativação da cascata do complemento pode ser desencadeada somente pelo contato do sangue com superfícies estranhas e seus efeitos adversos estão relacionados, em parte, a depleção de seus componentes necessários à resposta imunológica normal e aos efeitos adversos da produção intravascular da produção intravascular de anafilatoxinas.

O sequestro pulmonar de leucócitos polimorfonucleares e neutropenia tem sido demonstrado durante a hemodiálise e a CEC. Essas alterações são funcionalmente significativas e decorre do aumento da diferença alvéolo-arterial de oxigênio. Tem sido demonstrado que a ativação do complemento está diretamente envolvida com a produção de edema pulmonar. Essas alterações sugerem que a lesão endotelial é mediada pelo neutrófilos, e aumentam a permeabilidade vascular pulmonar.

A reperfusão dos pulmões e coração também apresenta um aspecto delicado. Estudos sobre as conseqüências da reperfusão no miocárdio introduziram o conceito de lesão por reperfusão. Isto ocorre porque, se de um lado a reperfusão restabelece a oxigenação do miocárdio, causa também uma reação inflamatória local intensa que provoca dano do miocárdio. O ponto de partida para o estabelecimento do dano é o endotélio microvascular. A cascata das citocinas que media esta reação inicia-se com a ativação do complemento e liberação de TNF, degranulação de mastócitos e liberação de histamina, que induzem a expressão de proteínas da família das selectinas, que atraem leucócitos. A partir daí, leucócitos migram para a região. Os leucócitos assim aderidos além de destruir os miócitos cardíacos, também destroem a matriz celular e estruturas de outras células.

As complicações pulmonares são causas importantes de morbidade e mortalidade nos pacientes submetidos à cirurgia cardíaca, com circulação extracorpórea (CEC). Um grande número de mediadores produzido durante a CEC pode causar diminuição da contratilidade ventricular, aumento da permeabilidade vascular e alteração da resistência vascular em vários órgãos. Na circulação pulmonar há aumento da água extravascular com preenchimento alveolar por células inflamatórias que levam à inativação do surfactante pulmonar e colabamento de algumas áreas, com modificação na relação ventilação/ perfusão pulmonar, diminuição de sua complacência e aumento do trabalho respiratório no período pós-operatório. O grau de alteração funcional pulmonar depende de vários fatores, como a função pulmonar pré-operatória, o tipo de cirurgia, o tempo de circulação extracorpórea, a intensidade da manipulação cirúrgica, o número de drenos pleurais colocados e o tempo de cirurgia.


Anestesia

A indução anestésica tem, primariamente, o propósito terapêutico de causar o alívio da dor e os relacionados objetivos terapêuticos de inconsciência, amnésia e controle da musculatura esquelética e em segundo lugar o de manter o fornecimento do sistema de transporte de oxigênio. Em contrapartida, a anestesia oferece condições adversas que prejudicam não só a respiração como a circulação.

As alterações na função cardiovascular durante a anestesia podem ser devidas a fatores diretos e indiretos de substâncias anestésicas sobre o coração. Os agentes anestésicos por ação direta no miocárdio podem levar a depressão cardíaca e conseqüente diminuição da contratibilidade e Indiretamente levando a alterações da ventilação, resultando em hipóxia e hipercapnia.

Todos os anestésicos gerais são capazes de produzir depressão da função respiratória com conseqüente hipoxemia e hipercapnia. Durante a anestesia ocorre diminuição da capacidade residual funcional (CRF). A explicação primária para esse fato é a redução no tônus do diafragma que acarreta um deslocamento cefálico deste músculo, em decorrência do peso das vísceras abdominais, precipitando perda de volume pulmonar. O deslocamento cefálico do diafragma ocorre com ou sem paralisia muscular, com o uso de ventilação controlada mecânica ou respiração espontânea. A redução da CRF, que acontece após indução anestésica, propicia diminuição da complacência pulmonar e aumento da resistência vascular pulmonar. Os pulmões, o diafragma e a parede torácica funcionam como uma unidade integrada. Alterações nas características físicas destas estruturas são largamente responsáveis pelo prejuízo na relação ventilação-perfusão (V/Q) e pelo decréscimo na eficiência das trocas gasosas, resultando num gradiente alvéolo-arterial de oxigênio P(A-a) O2 aumentado.

A vasoconstrição pulmonar hipóxia, que ocorre em pacientes com doença pulmonar prévia, determina o ajuste local na resistência vascular pulmonar necessário para manter o equilíbrio na relação ventilação-perfusão. Durante a anestesia este equilíbrio pode ser rompido ou pelo menos prejudicado por agentes inalatórios em concentrações altas.



Esternotomia

A esternotomia mediana é o acesso mais utilizado para as operações cardiovasculares e, com o advento da revascularização miocárdica em 1967, tornou-se um dos procedimentos cirúrgicos mais realizados em todo o mundo. Na cirurgia cardiovascular, este acesso foi introduzido em 1957, substituindo a toracotomia anterior bilateral, beneficiando um grande número de pacientes da época, por reduzir o tempo de cirurgia, fornecer excelente exposição do coração e diminuir o trauma respiratório tornando-se o acesso de eleição até o os dias de hoje.

No entanto, 0.2 a 5% dos pacientes submetidos a acesso transesternal em cirurgia cardíaca apresentam infecções mediastinal, sendo está uma grave complicação infecciosa do pós-operatório de cirurgias abordando o coração e os grandes vasos da base. Os riscos de mediastinite aumentam com a presença de algumas afecções pré-existentes ou procedimentos associados, como: desnutrição, diabetes mellitus, revascularização do miocárdio utilizando-se as duas artérias mamárias internas, o uso abusivo de eletrocautério; doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), uso de corticoterapia prévia, cirurgia prolongada, tabagismo, longo período de internação hospitalar, ventilação mecânica por mais de 72 horas, internação prévia por mais de 72 horas de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), entre outros.

Devido às complicações decorrentes a mediastinite pós-operatória (instabilidade esternal, insuficiência respiratória, sepse, entre outras), tem-se indicado procedimentos cirúrgicos menos invasivos à abordagem mediastinal, utilizando-se minitoracotomias com ou sem o auxílio de videotoracoscopia. Com a mini-esternotomia, há diminuição da agressão cirúrgica e pode-se manter o plano operatório sem aumentar o grau de dificuldade para o cirurgião e com segurança para os pacientes. A mini-esternotomia, como a toracotomia ântero-lateral, é opção segura. Com a mini-esternotomia, soma-se às facilidades de um acesso mediano com, as vantagens de uma operação menos invasiva.

A esternotomia parcial conserva a estabilidade da caixa torácica em duas porções: na porção superior, através do manúbrio esternal articulado com a clavícula e a primeira costela, e da sua porção inferior, na articulação entre a quinta e sexta costelas e o corpo esternal. Devido à restrição imposta pelas áreas mantidas fixas, o acesso impede uma abertura exagerada do afastador de tórax, diminuindo a dor. Com isto, tem-se um melhor desempenho respiratório no pós-operatório imediato, facilitando a extubação e a deambulação e permitindo uma alta precoce com segurança.


Dreno


Dreno torácico

A maior parte dos procedimentos cirúrgicos cardíacos envolve a abertura da cavidade pleural esquerda, que necessita posteriormente de ser drenada. Essa pleurotomia, associada à presença do dreno pleural, contribui para maior desconforto ao paciente, funcionando como um fator adicional de deteriorização da mecânica respiratória.

A inserção do dreno pleural intercostal adiciona trauma ao tórax, tornando necessário perfurar músculos intercostais e aa pleura parietal, interferindo nos movimentos respiratórios. Conseqüentemente, a localização do dreno pleural poderia ter influência no desconforto do paciente e no grau de alterações da função pulmonar.

A hipoxemia arterial ocorre, normalmente, após cirurgia de revascularização do miocárdio e persiste até algumas semanas. Alguns autores têm demonstrado maior queda da PaO2 com uso da artéria mamária interna esquerda secundário ao efeito da pleurotomia com drenagem pleural. Comentam ainda, que a recuperação é mais lenta devido à presença do dreno de tórax, ou seja, ao traumatismo adicional imposto à parede torácica.

A alta sensibilidade da pleura e a fricção produzida durante o movimento respiratório provocam sofrimento ao paciente, por irritação constante dos nervos intercostais e do periósteo. Em contrapartida, o paciente defende-se com a imobilização do tórax e movimentos respiratórios superficiais, ficando restrita a respiração profunda até a retirada do dreno.

Como resultado final, com a inserção de um dreno entre os espaços intercostais intensifica-se a diminuição da capacidade residual funcional, CVF e VFE1. Essas alterações, associadas à diminuição da complacência pulmonar, aumentam o trabalho respiratório. Neste caso, para haver menor gasto de energia, o volume corrente diminui, levando os alvéolos ao progressivo colapso, resultando em shunt com conseqüente hipoxemia.

Evitar a secção dos espaços intercostais na inserção do dreno pleural seria a melhor conduta. Com o acesso subxifóide, evitando os espaços intercostais, diminuiria a dor, evitaria maiores prejuízos à função pulmonar e o paciente teria melhor condição de cooperar com o importante papel do fisioterapeuta no pós-operatório.  

Dreno mediastinal

Os drenos mediastinais são introduzidos como rotina no pós-operatório cardíaco para auxiliar a retirada do sangue do espaço pericárdico e para evitar o tamponamento cardíaco, ou seja, acúmulo de sangue ou líquido que comprime o coração e reduz a saída cardíaca. Esta é uma das principais causas de morte no pós-operatório.

O sistema de drenagem da caixa do mediastinal usa a sucção pelo selo d’água e da pressão negativa para aumentar o processo da drenagem. Além da drenagem contínua os tubos podem ser manipulados para acelerar a drenagem do líquido. A manipulação dos tubos da caixa pode causar a dor e o desconforto para pacientes cardíacos alterando, conseqüentemente, a função pulmonar, pela diminuição das incursões respiratórias e volume pulmonar. Os danos que resultam da manipulação do tubo necessitam serem balançados para impedir, que a formação de coágulos no tubo possa interferir com o processo da drenagem.








Referências Bibliográficas :


SCHWAN, M.T; DALVIN, R. P., DUARTE, H. Alterações da função pulmonar e atuação fisioterapêutica em pós-operatório de cirurgia cardíaca: Revisão bibliográfica.

BARBOSA, G.A.R., CARMONA, C.J.M. Avaliação da função pulmonar em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea. Revista Brasileira Anestesiologia, v. 52, n. 6, Campinas Nov./Dez. 2002.

FERNANDES, R. C., NETO, P. R. P. O sistema respiratório e o idoso. Revista Brasileira de Anestesiologia, v. 52, n. 4, Fortaleza Jul/Agost. 2002.

GUIZILINI, SOLANGE ET AL. Efeitos do local de inserção do dreno pleural na função pulmonar no pós-operatório de cirurgia de revascularização do miocárdio. Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular,  v. 19,  n. 1, São José do Rio Preto jan/ mar 2004.

PORTO, C.C.- Doenças do coração – Prevenção e tratamento. Rio de Janeiro: Guanabara, pp. 1022-1026, 1998.
VIEIRA, ORLANDO MARQUES. Clínica Cirúrgica. 2. ed. São Paulo: Atheneu, pp. 807-815; 961-963, 2000.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

AVC/AVE Causas, Sintomas, Tratamentos e Prevenção

O Acidente Vascular Cerebral - AVC, ou derrame cerebral, ou Acidente Vascular Encefálico - AVE, ocorre quando há um entupimento ou o rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea adequada.


Tipos de AVC

  • Isquêmico: entupimento dos vasos que levam sangue ao cérebro
  • Hemorrágico: rompimento do vaso provocando sangramento no cérebro.



O AVC pode aparecer ‘do nada’ e levar a pessoa a morte ou então deixar marcas ruins para o resto da vida. Apesar do nome ser bastante comum em nosso dia a dia muita gente não sabe de detalhes importantes sobre o problema.

Por exemplo, você sabia que a cada oito casos, um tem uma espécie de alerta anterior que se for percebido e cuidado pode salvar a vida da pessoa?

Existem sintomas anteriores ao AVC? Quais são? O que fazer quando senti-los?
Pode ocorrer antes de um episódio isquêmico uma espécie de alerta, que é chamado Ataque isquêmico transitório (pesquisa canadense mostra que acontece em 1 a cada 8 casos). Isso ajuda a preveni-los, uma vez que é instituída a medicação precocemente. Os sintomas são similares aos do AVC, mas com intensidade menor e costumam ser passageiros (não durando mais que 24 horas). Podem ocorrer formigamentos, dores de cabeça, tonturas, esquecimento, dificuldade para falar. Quando ocorrerem, independente do tipo, se transitório ou o próprio AVC isquêmico, o indivíduo deve ser levado imediatamente ao hospital para ser diagnosticado e tratado adequadamente.

Conheça mais alguns sintomas de AVC

  • Diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna de um lado do corpo
  • Alteração súbita da sensibilidade com sensação de formigamento na face, braço ou perna de um lado do corpo
  • Perda súbita de visão num olho ou nos dois olhos
  • Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular, expressar ou para compreender a linguagem
  • Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente
  • Instabilidade, vertigem súbita intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos.
O AVC é mais comum em pessoas que tem fatores de risco como história familiar, diabetes,obesidade, hipertensão arterial, tabagismo, alcoolismo, sedentarismo estresse. Em relação a idade, depende desses fatores. O que se sabe é que tem ocorrido cada vez mais cedo, tendo em vista o tipo de vida dos nossos jovens. Acima dos 50 anos ocorre um aumento da incidência natural.

O AVC é a principal causa de incapacidade funcional no mundo. A OMS estima que mais de 5 milhões de pessoas morram a cada ano por causa de AVCs. No Brasil o AVC é responsável por 30% dos óbitos do país. Dos que sobrevivem 50% morrem após 1 ano, 30% necessitam de auxílio para caminhar e para tarefas básicas e 20% ficam com sequelas graves.
Os riscos independem da idade. Devem ser observados os fatores de risco individuais como histórico familiar, hipertensão arterial, diabetes. A gravidade depende das artérias envolvidas e do território cerebral que sofreu a lesão. Isto é que determina a gravidade da lesão.
Tratamento do AVC
O tratamento e a reabilitação da pessoa vitimada por um AVC dependerá sempre das particularidades que envolvam cada caso. Há recursos terapêuticos que podem auxiliar na restauração das funções afetadas. Para que o paciente possa ter uma melhor recuperação e qualidade de vida, é fundamental que ele seja analisado e tratado por uma equipe multidisciplinar de profissionais da saúde, FISIOTERAPEUTAS, médicos, psicólogos e demais profissionais. Seja qual for o tipo do acidente, as consequências são bastante danosas. Além de estar entre as principais causas de morte mundiais, o AVC é uma das patologias que mais incapacitam para a realização das atividades cotidianas.
Conforme a região cerebral atingida, bem como de acordo com a extensão das lesões, o AVC pode oscilar entre dois opostos. Os de menor intensidade praticamente não deixam sequelas. Os mais graves, todavia, podem levar as pessoas à morte ou a um estado de absoluta dependência, sem condições, por vezes, de nem mesmo sair da cama.
A pessoa pode sofrer diversas complicações, como alterações comportamentais e cognitivas, dificuldades na fala, dificuldade para se alimentar, constipação intestinal, epilepsia vascular,depressão e outras implicações decorrentes da imobilidade e pelo acometimento muscular. Um dos fatores determinantes para os tipos de consequências provocadas é o tempo decorrido entre o início do AVC e o recebimento do tratamento necessário. Para que o risco de sequelas seja significativamente reduzido, o correto é que a vítima seja levada imediatamente ao hospital.
Os danos são consideravelmente maiores quando o atendimento demora mais de 3 horas para ser iniciado.
Prevenção
Muitos fatores de risco contribuem para o seu aparecimento. Alguns desses fatores não podem ser modificados, como a idade, a raça, a constituição genética e o sexo. Outros fatores, entretanto, podem ser diagnosticados e tratados, tais como a hipertensão arterial (pressão alta), a diabetes mellitus, as doenças cardíacas, a enxaqueca, o uso de anticoncepcionais hormonais, a ingestão de bebidas alcoólicas, o fumo, o sedentarismo (falta de atividades físicas) e a obesidade. A adequação dos hábitos de vida diária é primordial para a prevenção do AVC.
praticar exercícios regulares, controlar o peso, alimentação balanceada evitando o consumo de alimentos com gorduras saturadas e trans, não fumar, evitar o excesso de álcool e controlar o estresse. Se tiver mais de 40 anos é importante realizar, pelo menos uma vez por ano, check ups, com controles de pressão arterial, dosagem de glicose e colesterol no sangue. No caso das pessoas com diagnóstico de hipertensão arterial, diabetes, colesterol alto ou qualquer doença do coração é necessário fazer acompanhamento médico para controle dessas patologias.




Referências
ALVAREZA, Larissa. AVC: Sinais e cuidados, disponivel em <http://vilamulher.terra.com.br> acesso em 20 Nov 2012.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Entenda a diferença entre tendinite e bursite


Ambas são processos inflamatórios e possuem sintomas bem parecidos. A tendinite é uma inflamação do tendão, caracterizada por inchaço, calor e vermelhidão na área afetada. Já a bursite é a inflamação da bursa (uma "bolsa" cheia de líquido que tem a função de proteger os tecidos ao redor das articulações do corpo), e que se localiza em ombros, cotovelos, quadril, joelhos.

"A bursite é uma inflamação secundária. Ela só acontece após uma lesão no tendão que ela protege (tendinite)", explica o ortopedista do Einstein, Dr. Eduardo Carrera.
As inflamações nos tendões podem ocorrer por diferentes motivos, como excesso de uso (esporte) e sobrecarga, processos traumáticos, e até mesmo em função de outras doenças, como a artrite reumatoide.

Pessoas e profissões mais afetadas

De acordo com o Dr. Carrera, cada articulação pode desenvolver um tipo de tendinite, isso vai depender da atividade diária do paciente. Por exemplo, jogadores de futebol provavelmente irão ter processos inflamatórios nos membros inferiores, enquanto um tenista tende a desenvolver lesões nos membro superiores (pernas, tornozelos e pés) e no quadril.
As profissões mais afetadas pelas tendinites de ombro são aquelas em que o indivíduo trabalha com o braço acima da cabeça (professores, trabalhadores braçais, pintores etc.) e esportistas que fazem movimentos de arremesso. As tendinites são muito comuns em idosos pelo fato de estarem diretamente ligadas ao processo degenerativo, tanto biológico quanto fisiológico, do corpo.
"A evolução da tendinite é a ruptura do tendão, como consequência das lesões degenerativas, que por sua vez são consequências de processos inflamatórios de repetição, explica o Dr. Carrera.
As tendinites de ombro ocorrem geralmente em pessoas com menos de 50 anos. Já as roturas, em pessoas a partir dos 60 anos, em função dos processos inflamatórios coexistentes.
"Existe um falso conceito popular que nomeia todas as lesões dolorosas do ombro de bursite, inclusive uma tendinite. Uma das lesões mais comuns do ombro é a lesão do manguito rotador (grupo de músculos e seus tendões que age para estabilizar o ombro)", informa o médico.

Sintomas e diagnóstico

Mesmo não apresentando sintomas específicos, os mais comuns são dor ao fazer movimento com a área afetada, restrição, ou mesmo limitação do movimento e diminuição da força.
"O paciente que apresentar alguns destes sintomas deve procurar um ortopedista para que sejam feitos exames clínicos por imagens (radiografia, ultrassom e/ou ressonância) para a confirmação do diagnóstico. As estruturas anatômicas de cada pessoa são diferentes e só o médico irá saber diferenciar se o caso trata-se de tendinite ou bursite", aconselha Dr. Carrera.

Tratamento e sequelas

O tratamento clínico é feito com o uso de anti-inflamatórios, repouso e Fisioterapia.
"As bolsas de gelo provocam o estreitamento dos vasos sanguíneos (vasoconstrição), diminuindo as inflamações; enquanto as bolsas quentes aquecem e relaxam a musculatura dos vasos sanguíneos, melhorando a circulação (vasodilatação), e também diminuindo o processo inflamatório," explica o ortopedista.
Imobilizações e fisioterapia também são indicadas para resolver o problema.
"Se após seis meses o tratamento clínico não obtiver resultado, começamos, então, a pensar em cirurgia, utilizando técnicas minimamente invasivas, como é o caso da reparação por artroscopia", conta.
Em casos de rotura do manguito rotador, se o paciente não for diagnosticado e tratado adequadamente, poderá ter sua capacidade funcional de movimento diminuída.

Algumas medidas de prevenção

  • Hidrate-se constantemente: beber bastante líquido ajuda a lubrificar as articulações.
  • Alimente-se bem, principalmente antes de exercícios.
  • Aqueça os músculos: nunca inicie qualquer atividade física sem antes aquecer o corpo.
  • Fortaleça a musculatura antes de começar a praticar qualquer tipo de esporte, principalmente tênis.
  • Reduza os movimentos repetitivos. Caso não seja possível, tente fazer pequenas pausas de uma em uma hora na atividade diária e alongue-se.
  • Se você trabalha em frente ao computador durante muito tempo, utilize teclados e mouse ergonômicos, eles diminuem muito os casos de tendinite.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Fisioterapia em Reabilitação Cardíaca

O programa de Reabilitação Cardiovascular é um conjunto de atividades necessárias para garantir e melhorar a condição física, mental e social das pessoas que possuem algum nível de limitação ou incapacidade funcional relacionada com as doenças cardiovasculares. As doenças como infarto do miocárdio, doenças coronarianas, insuficiência cardíaca, doenças valvares, cardiopatias congênitas e doenças das artérias e veias podem ser tratadas com este tipo de procedimento.

A Fisioterapia é parte integrante e importante nesse processo, pois atua em diferentes fases, e tem como objetivo principal proporcionar o desenvolvimento e a manutenção da capacidade de realizar exercícios físicos. Essas atividades são realizadas pelo Fisioterapeuta Cardiorrespiratório e a intensidade e a frequência dependerá do estado clínico dos pacientes que a realizarão.

O Fisioterapeuta Cardiorrespiratório atua nos hospitais, dentro da unidade de terapia intensiva (UTI), junto aos pacientes que tiveram infarto do miocárdio ou foram submetidos a procedimentos cirúrgicos (“ponte de safena”, angioplastia). Nesses casos o tratamento objetiva prevenir as possíveis complicações do infarto ou da cirurgia e promover a readaptação do paciente às atividades físicas básicas, como as empregadas na locomoção, alimentação e higiene. Quando o paciente vai para a enfermaria são incluídos outras atividades, como os treinos de caminhada, resistência, equilíbrio e alongamento. Tudo é realizado para que o paciente possa retomar suas atividades cotidianas com segurança.  O Fisioterapeuta Cardiorrespiratório também atua em clínicas e ambulatórios


Quando os pacientes saem do hospital, eles são orientados a permanecer realizando o recondicionamento físico em clínicas de fisioterapia ou ambulatórios. Os Fisioterapeutas Cardiorrespiratórios podem, então, realizar diferentes tipos de testes para avaliar a capacidade de realizar estes exercícios físicos. Alguns desses testes são realizados em conjunto com médicos cardiologistas e pneumologistas, e de acordo com os resultados encontrados são elaborados programas individuais de recondicionamento físico para que o paciente alcance seus objetivos de maneira segura e no menor período de tempo possível. No programa de recondicionamento físico são aplicados exercícios físicos do tipo aeróbio, como caminhada, corrida, ciclismo e atividades em piscinas, bem como exercícios de alongamento, fortalecimento muscular, equilíbrio e coordenação, que podem ser realizados individualmente ou em pequenos grupos.

Para complementar as atividades de recondicionamento físico, são programadas atividades educacionais que objetivam a orientação dos pacientes e seus familiares em relação às doenças, aos hábitos de vida e fatores de risco, a inatividade física, o estresse, a alimentação e o hábito de fumar.

O sucesso da REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR depende das mudanças ocorridas nos hábitos de vida e na maior autonomia alcançada pelos pacientes para a realização de atividades físicas. Se as atividades são realizadas de maneira segura e eficaz, os pacientes apresentam uma maior chance de retornar às atividades habituais, sejam elas sociais ou relacionadas ao trabalho.






Referência: 

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Sutiã usa sensores para detectar câncer de mama

O First Warning Systems é um sutiã esportivo e ‘inteligente’ que está em desenvolvimento para detectar anomalias nos seios, como o câncer de mama.

Dezesseis sensores coloridos e codificados são presos para monitorar a temperatura dos tecidos. Os resultados, então, são divulgados por meio do cruzamento de dados.

O  protótipo foi testado em 650 mulheres e obteve diagnósticos com 90% de precisão. Tratamentos convencionais, como a mamografia, garantem 70% de acerto, segundo o Huffington Post.

"O sistema é capaz não só de identificar anomalias em seus estágios iniciais, mas também a localização geral de anormalidades examinadas em três dimensões", informou a empresa de biotecnologia Lifeline, responsável pela ideia.

Para entrar no mercado, o First Warning Systems depende da aprovação de agências reguladoras. O uso sutiã, destinado a consultórios médicos, está previsto para 2013, inicialmente na Europa.

O câncer de mama é o que mais afeta as mulheres. A cada ano, 1 milhão é detectado com a doença no mundo inteiro, do qual 400 mil morrem.










Fonte: http://olhardigital.uol.com.br