Exoesqueleto é
comandado pelo cérebro como se fosse parte do corpo.
Informação foi confirmada por Miguel Nicolelis em palestra.
Informação foi confirmada por Miguel Nicolelis em palestra.
O cientista Miguel Nicolelis (à direita) observa macaco caminhando em esteira durante experimento (Foto: Reprodução/TV Globo) |
O aparelho que o
neurocientista Miguel Nicolelis pretende usar para que um paraplégico dê o
pontapé inicial da Copa do Mundo de 2014 começará a ser testado em humanos já
em junho. A informação foi confirmada pelo pesquisador brasileiro nesta
terça-feira (21) durante uma palestra na sede da Finep, no Rio de Janeiro.
“Pretendemos
começar os testes com o exoesqueleto já em junho”, afirmou o pesquisador
durante o evento, citado pelo site da Finep. A empresa pública é vinculada ao
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e serve como uma ferramenta de
financiamento às pesquisas nacionais.
O projeto de
Nicolelis, chamado Andar de Novo, conta com cerca de R$ 33 milhões de
investimentos da Finep, aplicados no Instituto Internacional de Neurociências
de Natal – Edmond e Lily Safra, no Rio Grande do Norte. O brasileiro também é
vinculado à Universidade Duke, nos Estados Unidos.
O
exoesqueleto é um aparelho que envolve os membros paralisados – no caso de um
paraplégico, as pernas. Ele pode ser conectado diretamente ao cérebro do
paciente, que então controlaria o equipamento como se fosse parte de seu
próprio corpo. Dessa forma, seria perfeitamente possível que um paraplégico
chutasse uma bola, como sonha Nicolelis.
A técnica faz
parte de uma linha de pesquisa conhecida como interface cérebro-máquina, com a
qual Nicolelis já obteve resultados internacionalmente relevantes. Em um dos
mais importantes, fez com que macacos não só controlassem uma mão virtual, como
também que sentissem uma espécie de tato quando exerciam a atividade.
Testes
em animais já mostraram que o cérebro é capaz de fazer movimentar máquinas como
o exoesqueleto. Em uma experiência, a equipe de Nicolelis conseguiu fazer uma
macaca movimentar um robô semelhante a ela mesma – sendo que ela estava nos EUA
e o robô no Japão.
A
distância de diferentes continentes também apareceu no mais recente trabalho de
impacto da equipe. Os sinais cerebrais de dois roedores – um nos EUA e outro no
Brasil – foram conectados e eles puderam executar tarefas em conjunto.
www.g1.globo.com/ciencia-e-saude
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