terça-feira, 21 de maio de 2013

Testes com Aparelho para paraplégico andar começam em junho


Exoesqueleto é comandado pelo cérebro como se fosse parte do corpo.
Informação foi confirmada por Miguel Nicolelis em palestra.

O cientista Miguel Nicolelis (à direita) observa macaco caminhando em esteira durante experimento (Foto: Reprodução/TV Globo)

O aparelho que o neurocientista Miguel Nicolelis pretende usar para que um paraplégico dê o pontapé inicial da Copa do Mundo de 2014 começará a ser testado em humanos já em junho. A informação foi confirmada pelo pesquisador brasileiro nesta terça-feira (21) durante uma palestra na sede da Finep, no Rio de Janeiro.

“Pretendemos começar os testes com o exoesqueleto já em junho”, afirmou o pesquisador durante o evento, citado pelo site da Finep. A empresa pública é vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e serve como uma ferramenta de financiamento às pesquisas nacionais.

O projeto de Nicolelis, chamado Andar de Novo, conta com cerca de R$ 33 milhões de investimentos da Finep, aplicados no Instituto Internacional de Neurociências de Natal – Edmond e Lily Safra, no Rio Grande do Norte. O brasileiro também é vinculado à Universidade Duke, nos Estados Unidos.

O exoesqueleto é um aparelho que envolve os membros paralisados – no caso de um paraplégico, as pernas. Ele pode ser conectado diretamente ao cérebro do paciente, que então controlaria o equipamento como se fosse parte de seu próprio corpo. Dessa forma, seria perfeitamente possível que um paraplégico chutasse uma bola, como sonha Nicolelis.

A técnica faz parte de uma linha de pesquisa conhecida como interface cérebro-máquina, com a qual Nicolelis já obteve resultados internacionalmente relevantes. Em um dos mais importantes, fez com que macacos não só controlassem uma mão virtual, como também que sentissem uma espécie de tato quando exerciam a atividade.

Testes em animais já mostraram que o cérebro é capaz de fazer movimentar máquinas como o exoesqueleto. Em uma experiência, a equipe de Nicolelis conseguiu fazer uma macaca movimentar um robô semelhante a ela mesma – sendo que ela estava nos EUA e o robô no Japão.

A distância de diferentes continentes também apareceu no mais recente trabalho de impacto da equipe. Os sinais cerebrais de dois roedores – um nos EUA e outro no Brasil – foram conectados e eles puderam executar tarefas em conjunto.





FONTE:

www.g1.globo.com/ciencia-e-saude

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