Segundo a Organização Mundial de
Saúde (OMS) a osteoporose é uma doença ósseo-sistêmica, caracterizada por uma
diminuição da massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo
com o conseqüente aumento da fragilidade do osso e suscetibilidade de fraturas em
presença de traumas de baixa energia ou menor impacto.
“A osteoporose afeta milhões de brasileiros e leva a aproximadamente 1,5
milhão de fraturas por ano no Brasil e isso está provocando um caos do ponto de
vista social, com muitos gastos de tratamento, e em alguns casos até de
incapacidade, com diminuição de mão-de-obra também, e a tendência é que essa
incidência aumente cada vez mais, devido ao próprio aumento da longevidade”.
Presidente Executivo do Congresso Mundial de Osteoporose e Ex-Presidente da
Sociedade Brasileira de Osteoporose, Dr. Rubem Lederman.
A
prevalência de osteoporose e a incidência de fraturas variam de acordo com o
sexo e a raça. As mulheres brancas na pós-menopausa apresentam maior incidência
de fraturas. A partir dos 50 anos, 30% das mulheres e 13% dos homens poderão
sofrer algum tipo de fratura por osteoporose ao longo da vida. As medidas
preventivas compreendem a ingestão de quantidade adequada de cálcio, exercícios
físicos, a correção de hipoestrogenismo e o controle dos fatores que favorecem
as fraturas.
A fisioterapia
tem uma importância fundamental no tratamento da osteoporose, nos quais se
destacam os benefícios cardíaco, respiratório, muscular e ósseo, contribuindo
para a melhora da qualidade de vida desses pacientes. O objetivo dos programas
de atividade física em indivíduos acometidos de osteoporose não é tanto
favorecer a aquisição de massa óssea, mas promover uma melhora no equilíbrio,
força muscular, coordenação, condicionamento físico, na amplitude de movimento,
diminuição de dor; visando sempre a prevenção de quedas e consequentemente
risco de fraturas.
TIPOS DE OSTEOPOROSE
- Tipo I ou
pós-menopausa: É de alta reabsorção óssea, decorrente de uma atividade
osteoclástica acelerada e ocorre entre as idades de 51 e 75 anos, afetando seis
vezes mais mulheres do que os homens. É responsável por fraturas no corpo das
vértebras (por achatamento) e por fraturas nos antebraços. A osteoporose
pós-menopausa ou Tipo I está associada à insuficiência estrogênica do
climatério, ou condições que induzem precocemente ao hipoestrogenismo
(diminuição de estrógenos).
- Tipo II ou
senil: A osteoporose deste tipo está ligada à reabsorção óssea normal ou
ligeiramente aumentada, associada a uma atividade osteoblástica diminuída, com
formação óssea diminuída - a osteoporose senil ou de involução, mais freqüente
nas mulheres mais idosas, a partir dos 70 anos, e também no homem.É responsável
por fratura, não apenas na coluna vertebral, como também na pelve, ossos
longos, costelas, quadril e punho.
SINTOMAS
A osteoporose é uma doença silenciosa,
não apresentando sintomas até que aconteçam as fraturas ósseas. Os ossos que se
quebram com maior facilidade são as vértebras, fêmur, costelas e ossos do
punho.
Como consequência
das fraturas vertebrais, pode ocorrer diminuição da altura e alterações na
postura, que determinam dores nas costas e deformidades da coluna como a
corcunda. Algumas pessoas também se queixam de dores nas juntas.
COMPLICAÇÕES
As principais
e mais temidas complicações da osteoporose são as fraturas. Quando elas ocorrem
nos corpos vertebrais além de dor o paciente pode apresentar alterações da
postura como a cifose (corcunda) e desvios laterais da coluna (escoliose).
Alguns casos de fratura de fêmur necessitam de tratamento cirúrgico. Isso
implica em internação hospitalar, repouso e posteriormente fisioterapia para
recuperação dos movimentos.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico
precoce faz-se através de uma osteodensitometria de dupla energia radiológica,
que permite identificar as categorias e avaliar o risco de fratura. Podem ser
feitas, também, avaliações laboratoriais e radiogramas da coluna dorsal e
lombar de perfil, para rastrear a presença de deformação vertebral, entre
outros exames.
TRATAMENTO
Há diferentes
abordagens terapêuticas, consoante a história de fratura e fragilidade, mas
normalmente implica tanto medicação como outro tipo de medidas. Nas pessoas
mais idosas, institucionalizadas ou com mobilidade reduzida e com propensão
para quedas, são equacionados os usos de suplementos de cálcio e de vitamina D,
o uso de protetores das ancas e medidas de prevenção das quedas. Uma vez
instalada a osteoporose, os tratamentos resultam geralmente em uma redução da
perda de massa óssea com pouco ganho real. O tratamento de base para manutenção
da massa óssea envolve medicamentos inibidores da reabsorção óssea
(estrógeno...), estimuladores da formação óssea (vitamina D) e substancias
coadjuvante (cálcio...). A fisioterapia desempenha um papel fundamental no
tratamento da osteoporose, trazendo benefícios para o sistema cardiorespiratório, muscular e ósseo, contribuindo assim para melhora da
qualidade de vida desse paciente, em contrapartida a inatividade física é um
fator que colabora intensamente para a refração.
O objetivo da
fisioterapia não é tanto favorecer a aquisição de massa óssea, mas promover a
melhora no equilíbrio, força muscular, coordenação e condicionamento físico, na
amplitude de movimento, diminuição da dor, visando sempre prevenção de quedas e
consequentemente risco de fraturas. Os exercícios que podem ser realizados
por indivíduos osteoporóticos são: caminhadas por 50 minutos cinco vezes na
semana; atividades que envolvam equilíbrio e coordenação; exercícios que
envolvam situação de peso; atividades que envolvam a extensão da coluna. Alguns
exercícios devem ser evitados como, por exemplo: aeróbica de alto impacto,
corrida e salto, uma vez que aumentam o risco de fraturas vertebrais por causa
da fragilidade das vértebras; flexão da coluna, porque aumentam as forças de
compressão na coluna, aumentam o risco de colapsos vertebrais; atividades que
envolvam risco de quedas como: step, caminhada em terrenos irregulares, etc.;
movimentos resistidos de fechamento e abertura de quadril, pois nesses movimentos
aumenta-se a chance de fraturas proximais do fêmur.
Devido ao
aumento da expectativa de vida, e com isso um aumento do número de idosos na
população, é de extrema necessidade que os profissionais de saúde estejam
preparados a essa nova realidade e que planejem programas de prevenção contra a
osteoporose, incluindo campanhas que mostrem a importância da reposição
hormonal paras as mulheres pós-menopausa que são as mais acometidas por essa
patologia. A Fisioterapia é de suma importância já que esta se trata de uma
patologia degenerativa, servindo o acompanhamento fisioterapêutico para
minimizar os efeitos degenerativos, melhorando assim, o estilo de vida do
paciente.
Referências:
SOARES,
Alberto. Consenso Brasileiro de Osteoporose 2002. Rev Brasileira de Reumatologia – Vol 42 nº 6 – Nov/Dez, 2002.
OLIVEIRA,
K.F. Intervenção Fisioterapêutica na
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acesso
em: 05 set 2012.
2007.
CAMPOS, F.S.; COSTA, K.E.; SILVA,
B.A.P.; ALVES, T.; MUNIZ, J.W.C. Fisioterapia
Aplicada na Osteoporose, Disponivel em: < http://www.wgate.com.br>
acesso em: 05 set 2012.